Foto/Reproducao
Do g1 - Uma criança de oito anos morreu após ser espancada com golpes de madeira pelo próprio pai dentro de casa em Cariacica, na Grande Vitória, na noite de sexta-feira (11). Welington Caio Silva Nogueira contou para a Polícia Militar que a filha, Ana Victória Silva dos Santos, recebeu um bilhete de reclamação da escola por não ter feito o dever de casa, e que por isso levou a menina para o quarto e a agrediu.
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Ainda segundo a PM, a menina apresentou dificuldade respiratória e foi levada para o Pronto Atendimento de Alto Lage. A vítima chegou desacordada na unidade e a morte foi atestada no local.
De acordo com a Polícia Civil, o pai da criança, de 28 anos, foi preso e autuado em flagrante por homicídio qualificado contra menor de 14 anos com aumento de pena devido o autor ser o tutor da vítima.
O Conselho Tutelar do município foi acionado e disse que a mãe da criança mora em Minas Gerais e a menina estava com o pai há três meses.
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O pedreiro confessou para os militares já no Pronto Atendimento que no dia anterior, a filha estava bagunçando a casa e usando palavras ofensivas. Com isso, ele agrediu a menina na quinta-feira (10).
O Boletim de Ocorrência (BO) da PM narrou que na sexta-feira, o pai voltou a bater na filha com socos e golpes com pedaço de madeira, principalmente na região das costelas e da cabeça.
O documento apontou ainda que minutos após a agressão, a criança apresentou dificuldade respiratório e o pai e a madrasta a levaram para o Pronto Atendimento.
Uma vizinha, que preferiu não ser identificada, narrou o momento em que os dois saíram de casa com a menina.
"Ele pegou a menina no colo mole, desceu as escadas correndo e o tempo todo a esposa dele, que é a madrasta dela, falava que eles tinham que socorrer ela. Os vizinhos escutaram e perguntaram o que estava acontecendo, mas ele só falou que a menina estava passando mal. Ele enfiou a menina dentro do carro e saiu cantando pneu com a menina dentro do carro já com falta de ar", comentou.
Após dar entrada na unidade, as equipes constataram o óbito da menina. A Polícia Militar foi acionada. No local, a madrasta disse para os policiais que ouviu as agressões, mas não interviu.