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Auxílio Emergêncial
No penúltimo dia do ano, Bolsonaro confirma decisão do governo sobre auxílio emergêncial em 2021
A informação foi passada pelo presidente Jair Bolsonaro a seus apoiadores, que se aglomeravam no Guarujá

Publicado em 31/12/2020 13:41

Foto/Reprodução


O Dia - O auxílio emergencial, pago a desempregados, trabalhadores informais e autônomos que ficaram sem fonte de renda por conta da pandemia, não será renovado. Sua vigência acaba no dia 31.
 
A informação foi passada pelo presidente Jair Bolsonaro a seus apoiadores, que se aglomeravam no Guarujá, litoral de São Paulo, na quarta-feira.
 
Aos apoiadores, o presidente reconheceu que os beneficiários querem a renovação do auxílio, mas argumentou que a capacidade de endividamento do país teria chegado ao limite.
 
O que é contestado pelo professor Mauro Osório, que é economista e diretor da Assessoria Fiscal da Alerj, o governo poderia emitir papel moeda (real) e estender o auxílio emergencial enquanto durar a pandemia de coronavírus.
Já o consultor econômico Raul Velloso é taxativo: "Tem de prorrogar o auxílio emergencial, senão será uma burrice total". Velloso explica que o Brasil vive uma situação de guerra e que nestes momentos o endividamento público ou a emissão de moeda, por um tempo limitado, são necessários. "Qualquer efeito ruim que tiver será limitado no tempo, mas pode ser aceitável", acrescenta.
 
"Qual o mal de emitir moeda se ela não tem custo? É acelerar os preços. Mas isso representa quase nada diante da capacidade ociosa da economia", avalia Velloso.
 
Sem comida

É importante destacar que dos 66 milhões de pessoas que receberam o auxílio, 24 milhões vão mergulhar na pobreza extrema com o fim do pagamento.
 
Uma pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostra que a maior parte das pessoas utilizou o dinheiro para comprar comida. Ou seja, com a continuidade da pandemia e o fim do auxílio emergencial, essas pessoas ficarão sem ter o que comer.
 
Segundo a pesquisa, mais da metade (52%) dos entrevistados recebeu o auxílio emergencial do governo. Desse total, 49% informaram que o uso mais frequente foi para compras de alimentos, roupas, produtos de higiene, limpeza ou outro tipo de bem de consumo.

A pesquisa Retratos da Sociedade Brasileira foi feita a partir de 2 mil entrevistas realizadas pelo Ibope Inteligência em 127 municípios no período 17 a 20 de setembro de 2020


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