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Três atitudes para não terminar o mês sem dinheiro e a maioria deixa a desejar
Atenção para o orçamento e cuidado com os gastos em excesso. Veja como mudar sua vida financeira.

Publicado em 19/01/2021 17:04

Foto/Reprodução


Do Dinheirama - É verdade que muita gente chega ao final do mês com as contas no vermelho, e nós sabemos bem disso. Infelizmente também é verdade que outros tantos já estão no vermelho desde o começo do mês, ou até pior, mesmo com o salário chegando na conta corrente a conta insiste em permanecer no vermelho.

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Se você passa por esse tipo de situação ou conhece alguém com esse tipo de problema sabe o quanto é complicado seguir em frente. Pessoas que estão com esse cenário vivem uma vida repleta de situações que influenciam o humor, a saúde e, de quebra, o convívio familiar.

3 atitudes para não terminar o mês sem dinheiro

Para mudar a situação, não existe mágica. Por incrível que pareça, mais dinheiro não resolverá tudo de forma definitiva. A educação financeira eficaz requer mudança de comportamento e a adoção de hábitos e atitudes diferentes das adotadas pela maioria.

No texto de hoje, trago algumas sugestões de atitudes importantes para transformar seu mês e seu dinheiro em aliados na busca por felicidade e qualidade de vida. Acompanhe.

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1. Não eleve o padrão de vida só porque passou a ganhar mais

Enxergo que a maioria das pessoas com problemas financeiros tende a não ter algo importante: a percepção de que os desafios surgiram a partir de péssimas escolhas (e não por culpa do sistema). Ou seja, é comum colocar-se como vítima da situação, quando a verdade é bem diferente.

Outro ponto falho é que muita gente acaba extrapolando as despesas em momentos importantes da vida, como por exemplo quando surge uma promoção no trabalho e as receitas aumentam.

A sensação de “poder mais” faz com que os desejos de consumo represados e latentes aflorem e a velha ideia de comprar por merecimento e parcelar tudo sejam cada vez mais praticadas. A elevação nos gastos com o padrão de vida (a imagem que se deseja transmitir) e muitas parcelas que “cabem no bolso” podem explodir o orçamento.

Para mudar essa situação, o mais adequado é respirar fundo e fazer uma análise fria e franca sobre o atual momento familiar, sem nunca tomar nenhuma atitude sem pesar os prós e contras. Se você vai ganhar mais, ótimo, mas isso não significa que você precise gastar mais.

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Se agora haverá mais dinheiro disponível, veja quais são as dívidas atuais, encontre as que comprometem mais a sua saúde financeira (normalmente as que têm maiores juros, como cheque especial e cartão de crédito) e busque alternativas inteligentes para eliminá-las.

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Sim, você poderá usar parte da renda mais alta para seus desejos, mas para isso será preciso trabalhar no sentido de equilibrar as receitas e despesas de forma inteligente, ou seja, sempre priorizando a necessidade de criar um fundo de emergências, os investimentos futuros e a qualidade de vida.

2. Enxugue as despesas

As contas não param de chegar, e isso gera uma ansiedade tremenda, não é mesmo? Se você conseguiu eliminar as dívidas com o cartão e cheque especial, é hora de olhar com mais cuidado o orçamento de casa e eliminar aquilo que não é necessário.

Acredite, sempre existem “pontas perdidas” dentro do orçamento. Quase sempre é possível eliminar despesas de todos os tipos. Olhe para sua rotina e questione-se. Por exemplo:

  • Será que um pacote de assinatura de TV com mais de uma centena de canais é realmente indispensável? Você assiste mesmo tanta televisão? Um pacote mais simples significaria menos gastos e mais folego para você superar as dificuldades;
  • O que dizer da economia no uso da energia elétrica? As tarifas vão subir em 2015 (falam em até 30%), então é hora de conscientizar a família para a importância do uso consciente deste recurso. O mesmo vale para a água;
  • Despesas variáveis merecem atenção especial: é importante registrar e sempre comparar os meses para evitar aumentos nos gastos com categorias como lazer, viagens, alimentação e compras em geral.

Existem outras oportunidades de economizar e em alguns casos será necessário gritar, espernear e fazer valer o direito do consumidor de fazer uma boa negociação. Com boa vontade e paciência é possível conseguir muito mais pagando menos. Não hesite em telefonar para as empresas e pechinchar, bem como olhar para alternativas (concorrentes).

 

3. Viva o seu padrão de vida, não o de seus amigos

A terceira atitude é muito interessante porque mexe com algo que é difícil de lidar: a nossa necessidade de mostrar aos outros que não somos inferiores. Ah, o status…

Recentemente, encontrei um colega de universidade que financiou um carro de alto luxo simplesmente porque havia sido promovido a gerente. “Todos os gerentes da empresa já tinham um carro de alto padrão” foi a explicação que ouvi dele. Ah, o status…

A necessidade de demonstrar o sucesso aos outros é peculiar e objeto de estudo de muitos especialistas em comportamento. A necessidade de pertencer ao grupo expondo materialmente o sucesso é um grande problema para o orçamento, como você já deve saber.

O carro novo de alto luxo logo se tornará a “ponte” para outras necessidades que irão surgir e comprometer cada vez mais as finanças. Meu amigo, mesmo se comprometendo em pagar o financiamento do carro, já fala abertamente em financiar uma casa em um condomínio fechado, onde alguns gerentes também passam os finais de semana. Ah, o status…

Tentei argumentar com meu colega, mas ele não se mostrou aberto à importância de rever suas prioridades. Infelizmente, ele terá que aprender com os erros e perceber que viver a realidade financeira dos outros é uma péssima decisão.

Insisto: olhe com cuidado para o seu planejamento e defina muito bem o que pretende para o futuro. Para o seu futuro! Endividamento longo e caro para suprir as necessidades de status é uma péssima escolha. Cuidado!

Conclusão

Em alguns momentos da vida é importante respirar fundo antes de tomar uma decisão. Mergulhar de cabeça nos problemas e tentar resolvê-los sem entender de fato o que está acontecendo mais atrapalha do que ajuda. São muitos os exemplos de pessoas que começaram animados seguindo um plano e, no meio do caminho, perceberam que o problema se agravou.

Aceite a existência do problema, mas lembre-se de definir com critério suas necessidades. Só então comece a trabalhar, sempre de forma organizada, levando em consideração suas características especificas, sem temer cortar tudo que não for indispensável naquele momento. 


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