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Real Digital, a criptomoeda oficial do Brasil, está chegando; Saiba mais sobre ela
O novo sistema de pagamento digital, lançado pelo Banco Central no último trimestre de 2020, teve uma aceitação surpreendentemente rápida

Publicado em 23/01/2022 09:48

Foto/Reprodução


Do FDR - Uma das melhores maneiras de perceber as novas tendências é a observação da linguagem popular, como acontece com as criptomoedas. Nesse campo, uma das grandes novidades de 2021 para o brasileiro foi a popularização da expressão “mandar um Pix”.

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O novo sistema de pagamento digital, lançado pelo Banco Central no último trimestre de 2020, teve uma aceitação surpreendentemente rápida. Em 2021, o seu primeiro ano completo de uso, atingiu 117 milhões de usuários e mais de 9,5 bilhões de transações feitas.

O sucesso dessa iniciativa, uma das mais importantes do BC em sua agenda para modernizar o sistema financeiro brasileiro, agora, deve levar a outros avanços. Esse é o caso do real digital, uma criptomoeda soberana, uma espécie de bitcoin oficial no país.

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O pix fez com que as pessoas se familiarizassem com as transações realizadas em carteiras eletrônicas e isso facilita a adoção de outras tecnologias parecidas.

Esse plano da autoridade monetária será testada até abril, as possibilidades do uso para o real digital. Assim, deve valer o Laboratório de Inovações Financeiras e Tecnológicas (LIFT Lab) mantido em parceria com a Federação Nacional de Associações dos Servidores do Banco Central (Fenasbac).

A ideia é propor um desafio de desenvolvimento para uma nova moeda digital às instituições financeiras do mercado, que serão batizados como LIFT Challenge.

Essa proposta deve desenvolver um debate para que boas ideias sejam implementadas e o Banco Central vai acompanhar e poder interferir nos aspectos positivos e negativos do projeto logo no nascedouro da tecnologia.

Um dos grandes potenciais da nova tecnologia vai permitir funcionalidades que o real tradicional não atende. Dentre as principais dela estão o dinheiro direcionado e os pagamentos na internet das coisas (IoT).

Essa primeira consiste em programar a realização das transações financeiras, como, por exemplo, restringi-las a um determinado fim ou região geográfica, o que aumenta a sua segurança.

Dessa forma, uma pessoa que sair à noite conseguirá definir que sua carteira digital só possa ser usada na região de um restaurante, ou uma mãe poderá determinar o uso do dinheiro do filho apenas na cantina da escola.

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Já na internet das coisas, por sua vez, será possível que objetos inteligentes usem os recursos virtuais para fazer compras de forma autônoma, como uma geladeira que encomenda e paga, ao mercado pelos produtos que estão acabando ou uma impressora que encomenda cartuchos de tinta a uma papelaria.

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Há ainda outros tipos de uso, como os avaliados pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban).

O real ainda deve se provar como um mecanismo factível, com vantagens e sem riscos em termos de segurança das operações. Com os estudos realizados pelo BC e pelo mercado, a previsão é que a moeda virtual possa ser implementada em dois ou três ano, a partir de um projeto-piloto ainda neste ano.

Segundo o Bando de Compensações Internacionais (BIS), que reúne os bancos mundiais, 86% dos bancos centrais estão pesquisando ativamente o potencial das moedas digitais, 60% deles estão experimentando a tecnologia e 14% estão rodando projetos-piloto.

O país mais avançado é a China, que no começo do ano lançou um aplicativo de pagamentos e transferências de yuan digital em algumas cidades, incluindo Pequim, sede dos Jogos Olímpicos de Inverno, em fevereiro. Se depender do entusiasmo despertado pelo Pix, o Brasil estará em breve nessa lista.

O que são as criptomoedas?

As criptomoedas é um tipo de dinheiro, porém com a diferença de ser totalmente digital. Além disso, ela não emitida por nenhum governo como o dinheiro utilizado por nós.

De acordo com o site Bitcoin.org, mantido pela comunidade ligada ao Bitcoin, as criptomoedas foram descritas pela primeira vez em 1998 por Wei Dai, que sugeriu usar a criptografia para controlar a emissão e as transações realizadas com um novo tipo de dinheiro. Isso dispensaria a necessidade da existência de uma autoridade central, como acontece com as moedas convencionais.


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