Do G1 - Dados do IBGE mostram que o preço da cerveja subiu 9,38% em 12 meses, abaixo da inflação oficial do país, que acumula alta de 11,73%. Fora de casa, a alta bem menor, de 5,22% em 12 meses, de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA).
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Ainda que a inflação ainda não esteja fazendo o brasileiro beber menos no total, ela tem obrigado o consumidor a fazer mais contas na hora de decidir onde e o que beber.
“Quem tomava cinco cervejas sozinho, hoje toma duas, quando muito três. Aquele pessoal que tomava duas, três caixas numa noite, pelo que eu venho acompanhando aqui, está muito longe de voltar a fazer isso”, constata Bigode.
A Euromonitor estima que o ritmo de crescimento do consumo dentro de casa voltará a ser maior que o das vendas em bares e restaurantes no fechamento do ano. "Quando o consumidor vê uma cerveja com preço duas vezes mais caro do que ele encontraria no mercado, ele acaba mantendo a demanda por esse produto no consumo off-trade [dentro de casa]", diz Mattos.
Já a Kantar aponta também para o avanço da concorrência de outros canais no consumo fora de casa. "Um dos canais que tem crescido muito é o ambulante, que vende um produto mais barato para a grande massa", afirma Romano.
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A expectativa é que a Copa do Mundo de 2022, que será realizada entre novembro e dezembro dessa vez, também ajude a alavancar o consumo de cerveja, inclusive nas ruas.
"Vamos ter dois grandes eventos acontecendo simultaneamente: o verão e Copa do Mundo, que devem dar uma força excepcional para a categoria de cervejas", destaca Mattos.
Além de estar vendendo mais, as fabricantes de cerveja têm conseguido elevar o faturamento com o avanço do consumo e da participação de mercado das cervejas posicionadas com preços mais caros, as chamadas premium.
Fonte: Euromonitor International, considerando o volume total de consumo em 2021
Fonte: Euromonitor International, considerando o volume total de consumo em 2021 na categoria Domestic Premium Lager, que reúne marcas com preços mais caros, acima de R$ 10 o litro