Do Jornal Contabil - Passar pela perda de um ente querido, é um momento muito doloroso, entretanto existem direitos e obrigações que você precisa saber. Hoje vamos falar sobre uma dúvida muito comum relacionada à herança, sobre quem tem quem tem preferência no recebimento da herança.
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No Brasil, a Constituição Federal de 1988 garante o direito à herança, ou seja, o direito de todo brasileiro passar seus bens aos herdeiros após a morte.
De acordo com o Código Civil, têm direito à herança os herdeiros necessários sendo eles os descendentes:
Também temos os herdeiros ascendentes sendo eles:
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Quando não existem os herdeiros descendentes ou ascendentes, toda a herança é destinada ao cônjuge.
Mas se na situação não existem descendentes, ascendentes ou cônjuge, os bens são destinados aos herdeiros que não fazem parte do grupo de necessários, sendo conhecidos como herdeiros colaterais, fazem parte deste grupo:
Ressaltando que os mais próximos excluem os mais distantes
A validade de um testamento dá ao falecido proprietário uma certa palavra sobre como ele distribui seus próprios bens, determinando assim o privilégio de favorecer uma pessoa ou outra.
Através do testamento de 100% de seu patrimônio, ele pode passar 50% para quem bem entender, porque os outros 50% a lei reserva aos herdeiros necessários, ou seja, o cônjuge, os ascendentes e os descendentes.
É muito importante contar com a ajuda de um advogado para te orientar durante todo esse processo.
É impossível herdar as dívidas de uma pessoa, o que significa que a pessoa que precisa verificar é propriedade do falecido. Por exemplo, vamos separar as três situações. Confira:
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Para essa caso o valor devido por quem faleceu é subtraído do saldo de seus bens. O resto fica destinado à partilha da herança.
Exemplo: Caso a pessoa falecida tenha deixado um carro no seu nome que custe cerca de R$100 mil e possuía uma dívida de R $70 mil, basta diminuir o valor da herança, pelo valor da dívida, nesse exemplo os herdeiros terão R$30 mil.
Na situação em que o valor do bem e da dívida é o mesmo, não existe saldo a ser dividido pelos herdeiros, pois os bens que foram deixados vão ter sido utilizados para realização da quitação das dívidas.
Essa situação é a que mais gera dúvida, pois nesse caso a pessoa possuía mais dívidas que bens. Neste caso o que é deixado pelo falecido é utilizado para quitação do maior número possível de débitos, o saldo que falta fica por conta do credor, ou seja, de quem tinha as dívidas a receber.