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Para que é indicado o seguro de vida e quanto custa? Veja as respostas
Segundo ela, não existe uma idade ideal para fechar o seguro de vida, depende muito do momento da vida do cliente

Publicado em 12/06/2022 11:59

Foto/Reprodução


Do Infomoney - Segundo a Susep, o titular da apólice precisa ter pelo menos 14 anos completos para fechar o contrato de seguro de vida. A idade limite, por outro lado, varia entre as seguradoras. “Geralmente, 60 anos é uma idade máxima no mercado, mas há seguradoras que oferecem algumas coberturas para pessoas mais velhas”, explica Londero, executiva da Youse.

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Segundo ela, não existe uma idade ideal para fechar o seguro de vida, depende muito do momento da vida do cliente.

Mas, tradicionalmente, o cliente mais comum na contratação de seguro de vida é a pessoa entre 30 e 50 anos, com filhos, com um patrimônio em ascensão ou já construído. Na Allianz Seguros, por exemplo, 70% das novas contratações são de clientes de 40 anos ou menos.

Via de regra, o seguro de vida faz sentido para este perfil de pessoa que tem uma responsabilidade financeira significativa dentro de um núcleo familiar.

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“Quem tem uma família, não importa o formato dela, e está pensando no futuro desse núcleo. Ou é profissional liberal e sabe que qualquer eventual problema de saúde pode afetar sua renda”, explica Lourival Neto, diretor comercial da InLife Seguros, corretora digital independente.

“É uma proteção e não sabemos o que pode acontecer. Seria ideal, no entanto, contratar enquanto está com uma condição de saúde boa, e a idade não tão alta para ter um valor de mensalidade mais acessível, perto dos 30 anos, por exemplo”, comenta Londero.

Lourival Neto também afirma que durante a prospecção de novos clientes, os consultores costumam ficar atentos para outros critérios.

“A gente tem um termo que é o TA, de ‘telephone approach’. É o dia em que o consultor passa no telefone ligando para pessoas e tentando agendar uma primeira reunião para explicar o produto. E a conversão, na média, é super baixa. Você tenta 50 nomes, consegue marcar reunião com 20 pessoas, 12 comparecem, e no fim você fecha duas apólices, por exemplo. É um desafio”, comenta Fernanda Camões, corretora de seguros independente.

Segundo Neto, outro ponto importante é o potencial de pagamento do titular. “A realidade brasileira é completamente diversa, e há prioridades. Em muitas famílias, é muito mais importante colocar a comida na mesa e, às vezes, qualquer valor mensal pode atrapalhar a vida financeira”, diz.

Outro requisito crucial para uma pessoa conseguir fazer o seguro de vida é a aprovação da apólice e do perfil do cliente pela seguradora.

Segundo a Susep, a seguradora tem o prazo de 15 dias para manifestar-se sobre a proposta de seguro de vida, contados a partir da data de seu recebimento, seja para seguros novos ou renovações, bem como para alterações que impliquem modificação do risco.

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“Caso a seguradora não aceite a proposta, esta deverá obrigatoriamente comunicar sua recusa formalmente […]. Em caso de ausência de manifestação por escrito no prazo de 15 dias, a proposta de seguro é automaticamente considerada aceita pela seguradora”, diz a Susep.

Após a aceitação da proposta, a seguradora tem até 15 dias para emitir a apólice. “Pela minha experiência, cerca de 15% das tentativas de contratos são barradas pelas seguradoras. Algumas seguradoras apontam os motivos da recusa outras não, cada uma tem um critério”, diz Neto.

“A pior situação é quando alguém vai fazer o seguro de vida depois de uma situação trágica. Uma cultura mais disseminada do assunto, poderia ajudar muito mais pessoas a tomar esta decisão antes de qualquer problema”, diz a gerente de produto da Youse.

Fabio Kuke, 23, morador de Guarulhos (SP), fez seu primeiro seguro de vida há um ano, depois de um fato trágico na família dele.

“Eu perdi minha vó, com quem morava desde os 10 anos, e depois meu pai. Minha vó teve câncer, então, eu fui me preparando, mas meu pai sofreu um acidente em casa e faleceu, e me pegou muito de surpresa. Depois disso, eu decidi fazer o seguro de vida para evitar dar custos para quem fica, e também porque minha mãe depende completamente de mim. Se algo acontecer comigo, pelo menos ela tem uma assistência financeira”, conta o jovem.

“Por isso, é tão importante investir na cultura do seguro. As pessoas precisam conhecer o produto e não necessariamente fazer somente depois de algo ruim”, diz Cardoso, da Susep.

Mas o processo vem evoluindo, segundo Beatham, diretor da Allianz Seguros. “Se antes a percepção era de que o seguro de vida poderia ser acionado apenas na falta de um ente querido, de um(a) provedor(a), agora vemos que as pessoas começam a enxergá-lo como uma solução completa que oferece apoio em diversos momentos da vida”, diz o executivo.

Tamara Dewes, sócia-fundadora da escola de idiomas Hey Peppers, tem um seguro de vida desde 2018, quando tinha 31 anos.

“O objetivo foi fazer pensando em mim, em uma proteção financeira, em caso de algum imprevisto. Fechei uma apólice com cobertura para diária por internação, invalidez, acidentes pessoais, morte. Eu fiz porque comecei a ter mais cuidado com a minha vida e comigo, passei por um momento de reflexão aos 30 anos e optei por fazer o seguro.”, conta.

Quanto custa?

Os preços dos seguros de vida são muito variáveis e são compostos a partir de uma série de fatores que incluem: idade, gênero, histórico de saúde, valor de indenização, tipos de coberturas e assistências selecionadas no momento da contratação — além das tábuas atuariais das seguradoras e cálculos próprios que vão estimar o risco de algum sinistro acontecer com aquele segurado.

Somado a isso, o segurado pode montar uma apólice como quiser, personalizando todos os itens inclusos em seu pacote. Por isso, os preços disponíveis no mercado podem variar muito.

Laudineia da Silva paga R$ 66 por mês e tem cobertura para invalidez de cerca de R$ 57 mil. No caso de Kuke, o custo é de cerca de R$ 90 por mês para ter cobertura de R$ 300 mil em caso de morte. Já Dewes paga cerca de R$ 320 por mês para uma cobertura de R$ 100 mil em caso de morte.

Tudo depende da seguradora e do serviço que ela presta. Muitas delas, inclusive, oferecem benefícios aos clientes, como descontos em aplicativos, em farmácias, telemedicina gratuita, sorteios de produtos, entre outros itens.

Outro ponto importante são os reajustes: um anual, pelo IPCA — principal índice de inflação, no valor do prêmio e no valor da indenização; e outro por idade — que pode ser anual ou em determinado período de tempo.

Esses termos devem ser definidos pela seguradora e informados ao titular, além de descritos na apólice.

Os pagamentos dos prêmios podem ser feitos via cartão de crédito, Pix, débito, ou mesmo boleto, conforme as regras da seguradora.

Veja alguns valores:

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