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Gasolina cara: que tal trocar o carro por uma moto? Descubra os modelos mais econômicos
Muitos brasileiros têm caminhado nesse sentido: pilotar ao invés de dirigir. É preciso, contudo, ter habilitação, saber pilotar e escolher uma moto econômica. Confira os modelos

Publicado em 28/07/2022 11:30

Foto/Reprodução


Do Seu Dinheiro -  A redução de ICMS em alguns estados reduziu levemente os preços da gasolina. Mas nada que alivie o peso no bolso: encher o tanque de um Chevrolet Onix, por exemplo, um carro compacto e um dos mais econômicos atualmente, chega a custar assustadores R$ 300! 

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Nessas horas, quem realmente precisa se deslocar e não abre mão da autonomia e liberdade de ir e vir, pode olhar para uma alternativa: o mundo das duas rodas

Com apenas 1 litro de combustível, motos, scooters e motonetas fazem entre 40 e 50 km. Um carro popular 1.0, dentro de boas condições, circula em média 12 km com 1 litro de combustível fóssil na cidade. 

Vendas em alta

O mercado das motocicletas está superaquecido. Com a retomada da economia, volta do trabalho presencial e redução dos casos de Covid, em abril e maio as fábricas tiveram produção plena. As vendas no varejo saltaram 25,6% de janeiro a maio em comparação ao mesmo período de 2021, com a entrega de 515.724 unidades. 

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Para se ter ideia do ânimo do setor de duas rodas, o volume de licenciamentos registrados em maio (133.344 unidades) foi o maior desde janeiro de 2014 (133.632 unidades) e o melhor desempenho para o mês desde 2012 (149.871 motocicletas). 

Aumento de CNH categoria A

De acordo com o Detran de São Paulo, os seguidos aumentos nos preços dos combustíveis vêm obrigando muitos motoristas a encontrar soluções para economizar dinheiro com o abastecimento dos veículos. Trocar o automóvel por uma moto tem sido uma dessas alternativas, informou o órgão de trânsito. 

Um levantamento indicou que o número de primeiras habilitações para categoria A (moto) emitidas em março de 2022 cresceu 64,7% no estado de São Paulo, se comparado com o mês de fevereiro. Foram 2.002 contra 1.214 no mês passado. 

Esse é o maior número registrado desde janeiro de 2020, quando 2.104 habilitações foram emitidas.

O crescimento de CNH categoria A em março coincidiu com a alta no valor da gasolina, que subiu 6,9% no período. 

Para o diretor-presidente do Detran.SP, Neto Mascellani, a alta reflete a busca por um combustível mais econômico. “Os números mostram que a troca do carro pela moto é uma das alternativas encontradas para condutores que circulam constantemente.” 

Motos são mais ágeis 

Trocar o carro pela moto também tem a ver com a facilidade em se deslocar. Com a retomada das atividades, quem mora nas grandes cidades já voltou a enfrentar trânsito pesado. A moto é o melhor meio para driblar os congestionamentos. E para muitos, tempo é dinheiro.

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“Rodar de moto é melhor no trânsito, pois elas são menores e mais ágeis. Na capital paulista, o motorista consegue usar a moto no dia do rodízio municipal. É outro grande benefício para quem trabalha com o veículo todos os dias”, afirma Gilberto Almeida dos Santos, presidente do SindimotoSP e da Febramoto.

Gasolina, inflação e preço do carro: tudo converge para a moto

Não é só a economia de combustível e a busca por rapidez. Também procura moto aquele motorista que não consegue mais bancar a compra de um carro. 

Um estudo da Bright Consulting indica que em 2019 o ticket médio por um modelo zero-km no Brasil era de R$ 82 mil. Hoje essa média saltou para R$ 137 mil.

Cuidados para não comprar gato por lebre

Antes de decidir acrescentar o A em sua CNH — ou, se já tiver a habilitação, adquirir uma moto —, é importante avaliar se este é o momento para ter uma moto e o tipo que colocará na garagem. 

Por exemplo, alguém que precisa usar o veículo para levar crianças na escola ou fazer compras no supermercado. Nesse caso, se o casal tiver dois veículos, vale mais a pena trocar um deles pela moto, e assim fazer economia de consumo de combustível, e manter um carro para outras necessidades. Mas se a família só tiver um carro, a compra da moto precisa ser reavaliada.

Quem viaja com frequência precisa analisar a questão da segurança e aptidão para pilotar em estrada. Motos e scooters de baixa cilindrada (menos de 200 cm³) não são indicados para rodovias nem carregar bagagens.

Outra armadilha é optar por motos mais potentes e de maior cilindrada: além de caras, chegam a ter consumo de carros mais econômicos. Essas motos também costumam ter manutenção mais cara e, conforme o uso, requerem mais trocas de peças (outro item mais caro). Pesquise consumo e custo de manutenção antes de decidir qual comprar. 

A região onde mora também pode influenciar na decisão: motos são mais prazerosas de pilotar em áreas litorâneas ou quentes e podem ser desconfortáveis onde faz frio ou chove com frequência. Considere o clima onde mora para definir sua escolha.

Confira as 10 motos zero-km de até R$ 20 mil mais econômicas


Modelo

Preço*

Consumo (km/l)
1º Honda Pop 110i R$ 8.330 55 
2º Honda Biz 110i R$ 10.170 50
3º Haojue DK 150 S Fi R$ 14.398 48
4º Haojue DR 160  R$ 18.996 47
5º Honda NXR 160 Bros R$ 16.270 46
6º Haojue Nex 115 R$ 12.993 45
7º Haojue Chopper Road 150 R$ 13.686 43
8º Yamaha Factor 125 R$ 13.190 42
9º Honda CG 160 R$ 12.280 41
10º Yamaha Factor 150 ED R$ 13.990 40
* Preços sugeridos pelas fabricantes, sem frete, que podem variar conforme o ICMS de cada Estado/Sujeitos a alteração sem prévio aviso


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