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Ficou desempregado? CONFIRA 7 dicas para sobreviver na pandemia
O endividamento das famílias também é recorde: 56,4% da renda total

Publicado em 21/04/2021 13:29

Foto/Reprodução


A crise financeira gerada pela pandemia do novo coronavírus vem afetando diretamente a vida e a renda de muitas famílias. Com 14,3 milhões de desempregados e quase 40% de trabalhadores informais, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), é preciso muita cautela nos gastos para não cair no endividamento.

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Dados do Banco Central mostram que o comprometimento da renda das famílias brasileiras com dívidas bancárias chegou a 31,1% em dezembro atingindo o pico da série histórica.

O dado reflete a parcela dos salários usada para pagar juros e amortizações de empréstimos. Ou seja: a cada R$ 100 de renda, sobram menos de R$ 70 para o pagamento das demais despesas.

O endividamento das famílias também é recorde: 56,4% da renda total.

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E como sobreviver com a redução de renda sem fazer dívidas e comprometer o orçamento da casa?

1) Qual é a sua situação atual?

Juliana diz que é preciso dividir a população para conseguir avaliar qual é a sua real situação.

Ela lembra que existem três cenários: parte da população que ficou desempregada, mas conta com o seguro-desemprego e que vai receber uma rescisão contratual.

“Para esse público a dica é ter em mente que os gastos vão continuar existindo, por isso é importante ter cautela e não fazer planos como trocar de carro, reformar a casa ou viajar, por exemplo.”

Há, ainda, o trabalhador informal que ficou sem emprego e não tem nenhuma garantia social.

Se a queda da renda for parcial, ou seja, alguém da casa ainda mantém um salário, o ideal é ver quais são os gastos essenciais e cortar o que der. Tente imaginar que é uma situação temporária e que em breve você poderá pedir uma pizza no fim de semana e comprar o supérfluo do supermercado. 

JULIANA INHASZ

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E o terceiro cenário, o mais difícil por sinal, é o da pessoa que ficou desempregada e não tem com quem contar e nem reserva financeira.

“Essa pessoa vai ter de dar um jeito de levantar alguma renda e se reinventar. Se ela tiver um pouco dinheiro, deve priorizar o que for essencial e tentar renegociar o restante.”

2) Avalie seu custo de vida

Para Oliveira, assim como fazemos uma lista para ir ao supermercado para direcionar as compras, não esquecer de nada e comprar o necessário, precisamos fazer com os gastos fixos e variáveis da casa.

O desemprego está extremamente alto por causa da crise gerada pela covid-19. Quando se perde o emprego, se perde a renda da família e no momento que isso ocorre você precisa ser muito conservador nos seus gastos. 

MIGUEL DE OLIVEIRA

Os três especialistas são unânimes ao dizer que é fundamental listar os gastos para se conseguir visualizar melhor alguma despesa que possa ser cortada.

Teresa orienta quem estiver desempregado a fazer uma análise dos gastos e categoriza-los como essenciais e não essenciais.

Após isso, faça uma análise mais detalhada, avaliando cada item com as seguintes perguntas:

• Existe alternativa para esses gastos? Exemplos: troca de marcas, locais de compra, alternativas de lazer.
• Consigo reduzir esse gasto recorrente?  Exemplos: Troca de plano de celular.
• Consigo negociar gastos fixos? Exemplo: Negociar aluguel, negociar parcelas de empréstimos.
• Consigo prorrogar prazos? Exemplo: Alguns bancos prorrogaram os pagamentos de empréstimos.
• É possível eliminar gastos? Exemplo: isenção de cesta de serviços bancários
• Poderia suspender um serviço temporariamente? Exemplo: TV a cabo
• Se eliminar esse gasto, o que afeta de verdade minha qualidade de vida? Exemplo: compras de supérfluos

Tenha certeza que descobrirá muitas oportunidades de redução de seus gastos mensais sem perder a qualidade de vida. Fazer a avaliação dos gastos é necessário em todos os momentos da vida. 

TERESA TAYRA

Juliana lembra que também é hora de reduzir o desperdício.

“Será que a minha conta de luz não está vindo muito alta porque ando deixando muita coisa ligada? São perguntas que devem ser feitas nesse momento.”

3) Descubra novas habilidades

Talvez o mercado de trabalho da sua profissão esteja menos aquecido. Teresa sugere para que a pessoa que foi demitida “foque suas energias não apenas na sua profissão, mas em suas habilidades”.

“Aproveite alguma habilidade sua para gerar renda extra com serviços freelances”, sugere Teresa.

Juliana acredita que é hora de olhar para o mercado e ver do que ele precisa.

“No início da pandemia, muita gente investiu na logística, já que as pessoas não podiam sair de casa. Quem fez isso acabou se dando bem. Analise o mercado e veja no que seria legal apostar.”

4) Acione sua rede de contatos

Acione a sua rede de contatos e avise sobre sua disponibilidade. A iniciativa pode gerar uma indicação para alguma vaga ou nova oportunidade de negócio.

5) Hora do desapego

Com o home office, muitas pessoas estão deixando de lado roupas, sapatos, bolsas e outros artigos que não usam mais, estão comercializando e conseguindo alguma renda com isso.

Vasculhe seus armários e veja o que está guardado há muito tempo sem uso, fotografe, sugira um valor e divulgue para os amigos via WhatsApp ou redes sociais.

6) Aproveite também para estudar

Defina um tempo para se atualizar, se renovar, se reciclar. Use a internet para isso. É uma fonte rica de estudo para todas as áreas profissionais.

Estude para que você esteja mais capacitado e preparado para novas possibilidades. Há diversas opções de cursos gratuitos. Veja o que te interessa e invista.

7) Reserva de emergência

A reserva de emergência tem como objetivo proteger de situações inesperadas. Muitas famílias agradeceram pela construção de suas reservas, mas outras sentiram na pele a falta de ter uma.

Pense em construir sua reserva de emergência assim que retornar ao mercado de trabalho, ou repor o que foi gasto no período.


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