Do JCConcursos - O novo valor do salário mínimo já está em vigor no Brasil. Houve um reajuste de 10,18% e a remuneração básica do brasileiro passou de R$ 1.100 para R$ 1.212 em 2022. Embora seja o maior reajuste dos últimos seis anos, o trabalhador ainda perde o poder de compra mesmo com o aumento devido às perdas provocadas pela alta da inflação.
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Segundo estudo do DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), para suprir as necessidades básicas de uma família com quatro integrantes, o salário mínimo deveria ser de R$ 6 mil no país.
Mas será que o piso salarial do Brasil é muito diferente do praticado nas grandes economias mundiais? Em 2022, o Brasil deve permanecer na 11ª colocação quando comparado às maiores economias do mundo, segundo o último relatório publicado pelo britânico Centro de Pesquisa para Economia e Negócios (CEBR). Porém, quando o assunto é salário mínimo, a notícia não é nada boa.
De acordo com dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o Brasil tem um dos piores salários mínimos do globo, ficando melhor posicionado apenas que o México.
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Confira abaixo o ranking com os 7 maiores salários bases do mundo.
A lista mostra o valor médio por hora, em dólar. Percebe-se que a Austrália se destaca como o país com o salário mínimo mais alto do mundo, pagando U$ 12,9 dólares por hora trabalhada. No Brasil, são pagos U$ 2,2 por hora - o que representa quase 6x menos do que os australianos recebem e coloca o país na penúltima posição do ranking: é o 31º de 32 nações que compõem a lista da OCDE.
Os Estados Unidos da América, EUA, são a maior economia mundial, mas ocupam a 16ª posição dos países com melhores salários mínimos (U$ 7,3). Logo na sequência, atrás da Bélgica, vem o Reino Unido (U$ 11,1), o Canadá (U$ 10,5) e a Irlanda (U$ 10,3), fechando o top 10.
O México é o lanterninha e uma curiosidade é que, apesar de oferecer um dos menores salários mínimos, é o país no qual o trabalhador passa mais horas em atividade. Ao todo, durante o ano, são totalizadas 2.124 horas trabalhadas. Em 28,7% dos casos, os mexicanos ficam mais de 50 horas por semana nos escritórios. Aqui no Brasil, a média é de 39,5 horas semanais trabalhadas.