"Manutenção preventiva é sempre melhor que a corretiva”. Quem nunca ouviu isso de um mecânico? Se você nunca ouviu, logo entenderá o “$entido” que essa frase faz. Carros são máquinas que exigem cuidados muito maiores do que somente trocar o óleo, abastecer e calibrar os pneus - o que, ainda sim, nem todos fazem. O bom dono tem sempre que ter registro do que foi feito na oficina e quando, para não precisar interpretar o significado dos barulhos, sensações e odores (entenda-se “pedidos de socorro”) que o carro está emitindo.
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Entretanto, dando sentido à frase do mecânico, toda a quebra por desgaste excessivo de peças custará mais caro para arrumar do que somente a troca dessas peças desgastadas, sem quebras. A lista a seguir é dedicada aos que não pretendem fazer amizade com todos os guincheiros da cidade e, acima de tudo, quem não gosta nem um pouco de perder dinheiro com carro. Eis alguns exemplos de surpresas que podem te dar bastante prejuízo - sem incluir valores de mão-de-obra e pensando em um motor símples 1.0 - ao levar o seu carro para a manutenção :
Esse problema acontece quando ocorre um grande acúmulo de fluidos no motor, sejam eles água, ou até mesmo combustível. Enquanto muitos pensam que enchentes são as únicas causas desse problema - pois a água invade as câmaras de combustão - injetores defeituosos, má interpretação e funcionamento da injeção, junta do cabeçote queimada ou trincas no bloco do motor são inimigos que moram ao lado. Os dois primeiros problemas são responsáveis por mandar combustível em estado líquido aos pistões (ao invés da convencional mistura em estado gasoso), enquanto que os dois últimos, tal como a enchente, permitem a passagem de água (ou líquido de arrefecimento) à câmara de combustão. Em todos os casos, cria-se uma enorme resistência ao funcionamento do motor.
O calço hidraulico em seu pior dos casos, que é quando o motor está em alta rotação, a força do virabrequim empurra as bielas do pistão e faz com que elas empenem. O cárter ou os cabeçotes podem ser arruinados no processo e os rolamentos destruídos, sujeito a causar até rachaduras no bloco do motor, para você ter uma ideia da extensão dos danos. Total para consertar a brincadeira? Caso estejamos falando de um motor 1.0 8v, é cerca de R$ 4.000 se não precisar de bloco, ou R$ 5.000 se precisar.
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Aí vai uma dica para evitar um calço hidráulico: se você notar a entrada de fluidos no seu motor, mas não pode fazer nada para impedir, desligue-o imediatamente para garantir que o líquido não entre mais. Só é possível tentar religar depois de saber que já saiu o que havia entrado. Entretanto, ainda sim seria arriscado e é melhor não tentar nada; leve o carro para a oficina imediatamente.
Veja só: um kit novo de correia dentada, que inclui também o rolamento tensor, sai em torno de R$ 200 para um carro popular. Se ela rompe porque estava desgastada, os gastos variam entre R$ 1.500 e R$ 5.000 para um motor 1.0 e dependendo do prejuízo. Os custos não serão muito menores mesmo se você chorar para o mecânico. Por que tão caro? Porque os pistões se chocam com as válvulas, provocando o empenamento delas. Quando isso acontece, o motorista é obrigado a fazer a retífica do cabeçote.
Dependendo da gravidade, normalmente se o rompimento da correia dentada acontece em altas rotações ou em fortes arrancadas, o impacto é tão grande que acaba quebrando também os pistões. No pior dos casos, ainda conta com risco de empenamento das bielas, mancais e arranhamento da camisa. É aí que o prejuízo chega aos R$ 5.000, pois será necessário uma retífica completa do motor. O proprietário tem que checar o estado da correia periodicamente, uma vez que ela quebra sem aviso prévio. Fez “$entido” o porquê que a manutenção preventiva é sempre melhor que a corretiva?
A embreagem é responsável pela ligação entre volante e caixa de câmbio, que por sua vez se liga às rodas. Sua função é desacoplar o disco do platô, interrompendo essa ligação, e possibilitando as trocas de marcha.
Adiantando o que vai acontecer com você caso não tome cuidado com o estado de seu kit de embreagem: a sua caixa de câmbio vai quebrar. No pior dos casos, o custo da manutenção do conjunto pode chegar aos R$ 3.000, uma vez que uma série de componentes estarão tão desgastadas que não poderão mais ser reaproveitadas. Isso fora o kit de embreagem (R$ 300 - R$500), que deveria ter sido trocado antes de detonar a caixa de marchas. Veja a seguir alguns sinais de que a sua embreagem está estragando o seu câmbio:
Ruídos
Ruídos e dificuldade para engatar marchas são o principal sinais de que pode estar na hora de fazer a substituição do kit completo. Geralmente, esse chiado pode ser causado pelo desgaste no rolamento, que não funciona mais como deveria. Caso o carro não seja levado imediatamente à oficina, a caixa de câmbio pode ser danificada em um de seus piores cenários.
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Sem engate
Uma embreagem que trava ou não engata não só aumenta cada vez mais os danos causados ao câmbio, como também pode colocar em risco a segurança do motorista, no caso de precisar realizar uma manobra. Nem sempre isso significa que o kit completo precisa ser substituído, pois possível realizar uma regulagem e até a troca do rolamento do eixo piloto. Entretanto, se esse desgaste pode ter comprometido também outras peças, tornando ineficaz o ajuste, substitua o kit inteiro.
Pedal rígido
Neste tipo de situação, o mais comum é que haja algum problema no cabo da embreagem. O desgaste e a falta de lubrificação são grandes vilões para a fluidez do engate das marchas e o kit de embreagem, podendo causar sua quebra. Por isso, muitas vezes, a substituição do cabo pode ser suficiente. Entretanto, é importante consultar um mecânico, pois o problema pode ser de empenamento do platô, devido a um superaquecimento. Nesse caso, é provável que o kit todo precise ser substituído.
Pouca aderência
Esse problema tem várias causas, mas em geral, acontece quando o disco da embreagem não consegue ser freado pelo platô. Normalmente, isso está associado a algum dano ou até mesmo excesso de resíduos, como graxa ou óleo. Isso pode comprometer o câmbio (em caso de engate súbito das marchas e dificuldades engrená-las) e o próprio kit de embreagem. Uma forma de identificá-lo é quando você solta o pedal e a embreagem continua acionada. Nesse caso, o melhor a se fazer é substituir o kit completo.
O catalisador é uma peça fundamental do sistema anti-poluição de um carro. É um acelerador de reações químicas, na medida em que converte os gases tóxicos expelidos pelo motor e transforma-os em gases inofensivos, ou menos prejudiciais para o ambiente. Sua durabilidade costuma ser a mesma do próprio carro, se este não sofrer da negligência do dono, que gastará mais de R$ 500 em uma peça nova e de boa qualidade, para um motor 1.0. Veja alguns itens que estragam a peça e o que saber para uma maior durabilidade:
Combustível
Use sempre o combustível correto, não abasteça com gasolina e aditivos com chumbo e substitua o filtro de combustível no tempo recomendado pelo fabricante;
Óleo
Substitua o filtro do óleo dentro do período correto. Óleo velho ou usado se acumula nas sedes do catalisador e as entopem;
Velas de ignição
Troque o jogo de velas dentro do tempo recomendado pelo fabricante. Velas ruins superaquecem o catalisador;
Arranque do carro
Um veículo com um catalisador não deve ser empurrado enquanto o catalisador está quente. Dessa forma, o motor admitirá combustível sem queimar e este será transportado diretamente para o catalisador, superaquecendo a peça e derretendo a cerâmica catalítica do seu interior;
Sensores e injeção
Defeitos relacionados conduzem combustível líquido até o catalisador, o que além de representar riscos de calço hidráulico, acelera a redução da vida útil do componente;
Tanque de combustível
Não rode com o tanque na reserva, pois dessa forma ocorre um fornecimento irregular de combustível, provocando falsas explosões e uma elevada temperatura no catalisador;
Acidentes ou impactos
O interior de um catalisador é constituído por um material leve, fino e muito frágil. Dessa forma, impactos na parte de baixo do carro podem ser suficientes para estragar os componentes internos da peça. Resultado? O fluxo das emissões é interrompido, o que leva a um aumento da pressão no interior e causa a perda de potência, liberando uma maior quantidade de gases nocivos para o ambiente.
Presentes em todos os sistemas de freio a disco, as pastilhas fazem as rodas pararem devido ao seu contato com os discos. Sua duração está diretamente ligada à forma de uso, sendo que, tal como na maioria dos conjuntos de um carro, ao serem mais usadas em cidades, se desgastarão em menos tempo. O recomendado é sempre acompanhar o histórico de revisões e as recomendações do fabricante.
Se você não se atentar, o gasto que a princípio seria de cerca de R$ 50 do jogo de pastilhas, se transformará em aproximadamente R$ 200 o par de discos de freio. A razãio disso é o fato das pastilhas, ao chegarem “no osso”, arranharem dos discos, quando o pedal do freio é acionado. O que se deve fazer, durante a manutenção, para se prevenir desse gasto desnecessário, é checar a cada 10 mil quilômetros como está o estado geral das pastilhas e, ao trocá-las, retificar os discos, pois isso evitará o desgaste prematuro do novo jogo de pastilhas de freio.
Fonte: undefined - iG