Do BPP - Infelizmente, no Brasil, as escolas não incentivam a educação financeira de uma maneira mais sistematizada, ficando a cargo dos pais tal tarefa. Uma boa maneira de começar é dando mesada para as crianças e os jovens.
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Quando se dá o oportunidade de aprender a lidar com o dinheiro desde pequeno, as crianças aprendem a ter limites, objetivos e a importância de poupar para conseguir algo que queiram muito. Dessa forma, têm mais chances de se tornarem adultos com uma boa relação com as finanças pessoais.
No entanto, os pais ficam em dúvida sobre quando começar a dar mesada para os filhos, como fazer isso, qual deve ser o valor, entre outras questões. Pensando nisso, escrevemos esse artigo para orientá-los em relação a educação financeira de seus filhos. Quer saber mais? Continue lendo o texto.
A mesada ajuda na educação financeira das crianças, quanto a isso não há dúvidas. No entanto, não basta definir um valor aleatório para dar ao seu filho sem nenhuma orientação. Para que eles construam uma consciência do valor do dinheiro, precisam aprender a lidar com ele, ter noção dos gastos e saber que para conseguir comprar algo, muitas vez, será necessário poupar.
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O valor e a periodicidade da mesada vai variar de acordo com a idade da criança. Por exemplo: para crianças menores é interessante começar com uma semanada e, aos poucos, passar para quinzenada até chegar na mesada. As crianças pequenas têm uma dimensão do tempo mais ligado ao agora, se planejar para um mês inteiro pode ser muito difícil para elas e todo o esforço de educá-las poderá ser em vão e causar frustração nelas e nos pais.
Quando a criança ainda é muito pequena — até os seis, sete anos de idade — o mais indicado é dar dinheiro eventualmente, para ela ir se familiarizando com ele. A partir dos sete anos, o ideal é que os pais comecem com uma semanada, passando para a quinzenada entre nove e dez anos, para só então começar com a mesada.
No entanto, isso vai depender muito da maturidade de cada criança, cabe aos pais entender o melhor momento para começar. Uma dica é identificar a demanda do seu filho de ter o seu próprio dinheiro. É muito comum que ele peça isso aos pais quando começar a ver que os coleguinhas recebem mesada, o que desperta o seu interesse.
Para definir um valor ideal de mesada, semanada ou quinzenada, é importante fazer um levantamento dos custos da criança. É preciso entender que esse dinheiro não é para pagar gastos que são da responsabilidade dos pais, como lanches, roupas, material escolar ou passeios.
O ideal é que o valor seja bem próximo dos gastos reais da criança, sem muita folga, para que ela possa aprender a ter controle e não sair gastando desenfreadamente. Vale lembrar que esse dinheiro será para realizar alguns desejos, como comprar um brinquedo novo, por exemplo. Dessa forma, ela aprende a ter disciplina para economizar, quando for preciso, até atingir o valor necessário para comprar o que deseja.
A educação financeira se refere ao uso consciente do dinheiro, portanto não é indicado oferecer pagamentos como recompensa para tarefas que são obrigação da criança, como arrumar o quarto, por exemplo. O que pode sim ser incentivado é que ela faça tarefas extras, como ajudar na jardinagem, caso queira ganhar um dinheiro.
Ao final das contas, a criança espelha as atitudes dos adultos — não adianta querer impor a ela uma boa relação com as finanças se os pais não conseguiram isso. É muito importante que eles pratiquem a educação financeira em suas próprias vidas para dar o exemplo ao seus filhos.
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