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Confira
5 passos certeiros para organizar a vida financeira e juntar dinheiro
Veja a lista com 5 passos para conseguir colocar as finanças em dia

Publicado em 12/07/2022 09:04

Foto/Reprodução


Do Valor Investe - o Valor Investe conversou com planejadores financeiros e traçou uma estratégia de 5 passos para você organizar, de uma vez por todas, a sua vida financeira (se a sua já estiver organizada, compartilhe esse texto com familiar ou amigo que possa estar precisando de ajuda).

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1) Pagar dívidas

Muita gente começa o ano já endividado. Isso pode atrapalhar o planejamento para o meses seguintes, afinal, parte do orçamento já está comprometida. Mas há algumas dicas importantes que podem ajudar quem está nessa situação.

A primeira delas, segundo Patrícia Palomo, planejadora financeira com certificação CFP pela Planejar, é colocar todas as dívidas no papel para entender exatamente o quanto a pessoa deve, em que lugares e quanto custa cada dívida, do ponto de vista dos juros e taxas pagas.

"A primeira coisa é colocar em um papel todas as dívidas que ela tem. Pode parecer simples, mas as pessoas não fazem isso. Elas têm dificuldade de aceitar a situação. Quando você tiver escrito todas as dívidas, você vai elencar elas por dois critérios: volume, organizando da maior para a menor, e depois por custo. Esse segundo passo é mais difícil, porque aqui precisamos elencar o custo efetivo total daquela dívida ao ano, ou seja, todas as taxas, que no final é o que sai do bolso do devedor", afirma.

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Além disso, Patrícia afirma que é importante tirar as dívidas do débito automático, para conseguir enxergar exatamente quanto se gasta com elas e qual situação seria mais confortável para o devedor.

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Para o planejador financeiro Arthur Lemos, a ideia é fazer um grande mapeamento das dívidas para enxergar o quanto elas representam do orçamento daquela família e ver qual é a melhor maneira de pagá-las. A partir daí, a ideia é tentar uma renegociação. Segundo o educador, a intenção é que as dívidas se tornem possíveis de ser pagas, ao invés de se transformarem em uma bola de neve.

"A primeira coisa é ter a clareza da causa dessa dívida. Por mais que seja importante resolver as dívidas atuais, de nada adianta encontrar uma solução paliativa com uma renegociação, mas que vai te levar a outras dívidas depois. E isso acontece quando eu aceito uma negociação para a qual não tenho capacidade de pagamento e depois acabo com menos margem de manobra para negociar com a instituição financeira de novo, etc", afirma Lemos.

Para renegociá-las, o endividado pode ir diretamente ao seu credor e tentar conseguir uma situação melhor ou participar de algum evento em que entidades promovem acordos entre as partes, como os chamados "feirões limpa nome".

2) Entender seu orçamento

Depois de colocar a dívida no orçamento é hora de calcular os ganhos e gastos mensais. No caso das pessoas que não estão endividadas, esse é o primeiro passo, segundo Patrícia.

É preciso mapear os custos fixos, como aluguel, condomínio, mensalidades escolares e até mesmo contas de consumo como luz e gás. No caso das contas variáveis, como restaurantes, lazar, viagens, o ideal é fazer uma estimativa do quanto se costuma gastar com elas e reservar um pouco a mais para caso haja uma surpresa.

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"É importante anotar. Muitas vezes fazemos a contabilidade mental, dizendo 'ganho mais ou menos tanto', 'gasto em torno de x', e tem muitos gastos pequenos que não entram na nossa conta mental e muitas vezes elas fazem a diferença", afirma Patrícia.

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Lemos destaca, no entanto, que a ideia de "anotar até o cafezinho" pode não dar certo. Isso acontece porque isso exige muito trabalho e, ao longo do tempo, as pessoas podem deixar de lado. O importante, no entanto, é ter um controle e ciência do quadro geral das suas finanças.

3) Reorganizar as contas

Feito o raio-x das contas, é hora de entender o que realmente é prioridade, o que pode ser barateado e o que pode ser cortado.

"É importante se perguntar quanto custa o padrão de vida que eu defini como suficiente pra mim? Eu tenho como arcar com ele? Se não, preciso conseguir uma renda extra, seja por meio de renda passiva ou outras formas de trabalho", afirma Patrícia.

4) Renda extra? Pode ser bem-vinda 

Uma outra dica interessante para quem fez o raio-x e concluiu que "não está fácil pra ninguém" é buscar alternativas de renda extra. Vender itens que estejam encalhados e sem uso em casa pode ser uma boa alternativa, assim como fazer algo para vender ou oferecer serviços.

Existem, inclusive, aplicativos e sites que podem ajudar nessa missão. Existem desde aplicativos em que você pode se cadastrar para hospedar ou passear com animais de estimação até sites em que você recebe para avaliar uma loja, atendimento, serviço ou produto. Aqui você encontra uma lista deles.

"O que a pessoa precisa avaliar é se ela realmente terá tempo suficiente para fazer a entrega que o cliente espera dela. Porque às vezes você começa a fazer um produto, investe em material, equipamento e o produto ou o serviço não tem a qualidade necessária, canais de distribuição etc. Precisa fazer uma avaliação minuciosa antes de se jogar em uma empreitada que envolva investimento", diz Patrícia.

5) Começar a guardar dinheiro!

Conseguir juntar dinheiro talvez seja uma das etapas mais difíceis do processo de organizar a vida financeira. Isso porque ela exige disciplina e a criação de um hábito. Por isso, Lemos afirma que uma das melhores alternativas é automatizar esse processo.

"O hábito de poupar é contranatural. Faço um curso de investimentos, recebi um dinheiro inesperado, ou uma promoção, consigo poupar por quatro, cinco meses. Depois, a gente deixa de poupar. Então, criar o hábito é contranatural. Uma vez que fiz o estudo orçamentário da minha vida e vi que consigo poupar R$ 300 por mês, devo automatizar o processo de poupança. A melhor coisa é criar uma transferência automática durante 12 meses", afirma.

Além da transferência automática, existem também aplicativos que podem ajudar com a criação do hábito. Um deles é o 52 semanas, que tem a intenção de ajudar o usuário a criar esse hábito. A ideia dele é que a cada semana a pessoa guarde uma quantia e vá aumentando gradativamente. O aplicativo gera uma espécie de planilha, que mostra quanto a pessoa deve guardar a cada semana e quanto terá ao final de 52 semanas, que é o equivalente a um ano.

Outro app que pode ajudar é o Grão. A proposta dele é ser uma "poupança", mas com um rendimento um pouco maior (de 90% do CDI). Um dos diferenciais do Grão são os simuladores, que mostram quanto o usuário terá ao final de um determinado período. Além disso, ele oferece também a ferramenta "Desafio 21", que convida os usuários a juntarem dinheiro por 21 dias a fim de criar o hábito.

Outra dica é o aplicativo Monis, ideal para quem se esquece de juntar. Ele funciona como uma "poupança por assinatura", em que o cliente escolhe quanto quer guardar por semana e faz o pagamento via cartão de crédito, como se fosse uma compra ou uma conta de consumo.

Para Lemos, no entanto, é importante que a pessoa busque alternativas de investimento mais rentáveis com o passar do tempo. "O aplicativo, junto com a inteligência financeira, tende a funcionar. Mas um próximo passo é: vi que consegui poupar, estou investindo, agora quero investir melhor. Porque o grande valor que os aplicativos fazem é a construção do hábito. Mas quando me tornei um investidor mais maduro e disciplinado, devo dar outro passo e investir melhor", afirma.

Para isso, claro, é preciso pesquisar sobre investimentos ou até mesmo buscar ajuda de um profissional, aponta o educador.


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