No dia 11 de outubro, várias distribuidoras de combustíveis filiadas a Brasilcom receberam comunicado da Petrobras. O documento comunicava uma grande quantidade de cortes em pedidos de fornecimento de combustíveis. Em especial, os cortes diziam respeito à gasolina e o óleo diesel e estavam programados para novembro.
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Diante desta situação, as distribuidoras levam em conta a possibilidade de importar os combustíveis. Contudo, o problema seria que o valor acabaria subindo ainda mais e seria repassado aos consumidores.
“Mesmo que a Petrobras não consiga, segundo seu comunicado, atender a todos os pedidos feitos pelas distribuidoras, sempre permanece a possibilidade de importação de modo a suprir o que parece ser a deficiência por incapacidade de produção”. Foi o que informou, em nota, a Associação das Distribuidoras de Combustíveis (Brasilcom).
De acordo com a entidade, hoje ela representa mais de 40 distribuidoras regionais do Brasil. Algumas dessas empresas afirmou que o corte da Petrobras poderia comprometer 50% do fornecimento. Ou seja, ela receberia apenas metade da quantia de produtos solicitada junto à estatal.
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Caso se concretize, essa situação poderia acarretar grave desabastecimento de combustíveis. Neste caso, a saída seria partir para a importação de gasolina e óleo diesel. Porém, segundo a Brasilcom, a importação resultaria em preços de combustíveis ainda mais caros nas bombas.
"A consequência desse suprimento [via importação], entretanto, será o efeito nos preços dos combustíveis, uma vez que, segundo os importadores, os produtos no exterior estão em torno de 17% acima dos produtos locais”, disse a Associação em nota.
“A Agência Nacional de Petróleo (ANP) já foi comunicada do potencial problema, através de diversas correspondências enviadas pelas distribuidoras ao endereço eletrônico movimentações@anp.gov.br, identificado pela ANP como o canal apropriado para o envio de informações sobre esse tipo de situação”, pontuou a Brasilcom
A Petrobras, por sua vez, admitiu nesta semana que existe potencial risco de escassez de gasolina e óleo diesel. O motivo, segundo ela, é um aumento de 20% na demanda por diesel e 10% por gasolina.
“Vale ressaltar que nos últimos anos a Petrobras realizou investimentos em seu parque para aumentar a capacidade de processar economicamente o petróleo bruto brasileiro mais pesado, melhorar a qualidade do derivado para atender a normas regulamentares mais rígidas, modernizar as refinarias e reduzir o impacto ambiental de suas operações de refino”, disse a companhia à imprensa.
Do Capitalist