Do blog.ciclic.com - Cartão de crédito é uma delícia. Você compra o que tem vontade, passa o cartão e nada acontece de imediato na sua conta bancária. Como a cobrança é feita somente muitos dias depois, a sensação de gasto fica diluída. O problema é esse: a chegada da fatura. De repente, você percebe que, somadas, as pequenas comprinhas – 30, 40, 50 Reais – viram um enorme montante.
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Se você tem e usa o cartão de crédito, saiba que a responsabilidade é 100% sua. E entender as regras do jogo desse produto é fundamental.
Infelizmente grande parte da população ainda não sabe utilizar o cartão de crédito da forma correta, ou seja, sem cair em ciladas e juros abusivos.
Um estudo do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) apontou que 70% dos brasileiros deixaram de pagar alguma conta em 2017. Entre eles, 39% entraram em dívidas justamente por causa do cartão de crédito.
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A seguir, o economista e educador financeiro Everton Lopes (evertonlopes.com.br), revela 5 pegadinhas que costumam confundir e atrapalhar a vida dos usuários de cartão de crédito. Fique atento para não cair nelas!
Há quem se empolgue só de olhar o limite do cartão de crédito e já comece a gastar desenfreadamente. Recado importante: é você mesmo quem terá que pagar essa conta. O valor que aparece na tela mostrando o limite do cartão não é um cheque em branco em seu nome, muito menos um bilhete premiado.
O número apontado pelo limite mostra meramente a quantia máxima que o cartão permite que você gaste por mês. E você bem sabe que a conta chega – e será preciso pagá-la de alguma forma.
2. Nunca gaste mais do que você ganha
Por mais que o limite do seu cartão seja de R$ 5 mil, você não poderá gastar todo esse valor. A menos que tenha um salário muito superior a R$ 5 mil. Afinal, além do cartão de crédito há muitas outras despesas no mês.
Muitas famílias ainda fazem uma conta completamente errada e pensam o seguinte: “tenho um salário de R$ 5 mil e o limite de R$ 5 mil no cartão de crédito. Então, posso gastar R$ 10 mil todo mês”. Pensar assim é muito perigoso. Compre somente aquilo que o seu salário pode pagar. Lembre-se: quem paga a conta do cartão é você. E algo muito importante: Não tenha vergonha de falar sobre dinheiro.
O banco parece um generoso amigo quando lhe apresenta a oferta do “pagamento mínimo” da fatura do cartão de crédito, não é? Mas não se iluda. Esse é o grande erro de boa parte dos brasileiros. Não existe bondade quando o assunto é cartão de crédito.
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Saiba que quando você paga apenas o mínimo são cobrados os mais altos juros do mundo sobre o restante do valor! Ou seja: quanto mais demorar para pagar toda a sua conta, mais endividado você estará. Para evitar esses juros terríveis, que viram uma bola de neve, gaste pouco no cartão e SEMPRE pague a sua fatura na totalidade.
O hábito de parcelar as compras em 5, 10, 12 vezes é muito forte no Brasil. Mas a recomendação é não recorrer a parcelamentos tão longos. Indica-se dividir em, no máximo, três vezes. Isso porque muitas parcelas juntas podem atrapalhar seu controle financeiro e comprometer o orçamento.
Para completar, com passar dos meses, as pessoas tendem a se esquecer das parcelas mais antigas e, com isso, não as contabilizam nos gastos mensais. Quando chega a fatura, vem a surpresa: lá está o móvel ou a televisão que você parcelou há meses e meses atrás! E para isso, você precisará controlar gastos e entender o poder do hábito.
Se mesmo mantendo-se informado e tentando seguir todas essas dicas você notar que realmente não consegue controlar as despesas no cartão de crédito, considere não ter. Se você tem consciência de que ele está mais atrapalhando a sua vida do que ajudando, não pense duas vezes: pague o que deve, cancele e nunca mais entre nesse tipo de dívida.