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Quer incluir criptomoedas na carteira de investimentos? Confira as opções
Para os brasileiros, existem três principais opções de investimentos, cada uma focada em um tipo de pessoa

Publicado em 12/04/2022 11:34

Foto/Reprodução


Da Epoca - Futuro ou realidade, fato é que as criptomoedas já movimentam um grande volume financeiro. Dados da NYDIG, uma empresa norte-americana de investimentos digitais, mostram que, em 2021, só o bitcoin mexeu com US$ 3 trilhões em todo o mundo, conquistando a terceira maior fatia das transações eletrônicas, atrás apenas das bandeiras de cartões Visa e Mastercard.

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No Brasil, o Mercado Bitcoin, uma das principais corretoras do segmento, afirma que cerca de 3,3 milhões de clientes movimentaram R$ 40 bilhões no ano passado, nas dezenas de criptos disponíveis, especialmente com Bitcoin (BTC)Ether (ETH) e Litecoin (LTC), que são, respectivamente, as mais valiosas do momento.

No cenário político, alguns países incluíram ou trabalham com a hipótese de incluir criptos como moeda corrente. É o caso de El Salvador, na América Central, que adotou o bitcoin como sua moeda oficial. Na Ucrânia, as criptomoedas foram usadas como forma de doações em meio à guerra com a Rússia.

E é por todos esses fatores que a criptoeconomia também está sendo inserida no portfólio das carteiras digitais. Desde o ano passado, a divisão norte-americana do Paypal já aceita esses ativos como forma de pagamento. Por aqui, embora de maneira embrionária, fintechs como Mercado Pago e a novata 99pay já permitem a negociação de bitcoins em seus aplicativos.

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E para investimentos?

A alta valorização das principais criptos nos últimos anos as colocaram no radar de investidores. Para se ter ideia, em novembro do ano passado, o bitcoin registrou sua máxima histórica, no pico de US$ 69 mil (cerca R$ 374 mil) a unidade. O mesmo aconteceu com o Ether que, em menor proporção, atingiu US$ 4,7 mil.

“Em 2021, houve uma virada no mercado, quando empresas tradicionais e relevantes começaram a fazer projetos relacionados ao ecossistema de criptoativos, com o bitcoin sendo o principal elemento de referência desse mercado”, diz Reinaldo Rabelo, CEO do Mercado Bitcoin. “No Brasil, vimos um movimento muito parecido com o que aconteceu nos Estados Unidos há cinco anos”, avalia, se referindo ao número de novos clientes.

Mas a trajetória das criptos é de oscilação, conforme explica Elaine Borges, professora de finanças da USP. Segundo ela, o mercado ainda é novo, então traz incertezas, o que o torna muito volátil. No entanto, ele é promissor, pois, a exemplo da blockchain, plataforma que registra o bitcoin, resolve problemas de fraudes que o mercado tradicional não conseguiu.

“Vale muito a pena investir em criptomoedas, mas é preciso saber que existe uma volatilidade muito grande, pois há incerteza sobre o futuro delas [especialmente em torno da regulação por parte dos governos]. Portanto, o ideal é investir apenas aquele dinheiro que se pode perder. Eu acredito que, em alguns anos, isso vai ficar mais parecido com o mercado de capitais, mas, por enquanto, a incerteza é altíssima e a variação pode ser drástica”, comenta.

Como investir

Embora existam milhares de criptomoedas no mundo - inclusive algumas criadas a partir de memes -, poucas merecem a atenção do investidor, que deve se concentrar no histórico e no projeto inovador a que estão atreladas. Para os brasileiros, existem três principais opções de investimentos, cada uma focada em um tipo de pessoa.

“As exchanges são a melhor forma para quem acompanha o mercado e quer ter independência de decidir sobre quando entrar ou sair dele. Agora, se a pessoa acredita nas criptos para o futuro, mas só quer aproveitar a valorização, as alternativas são os fundos de investimentos e ETFs, este último mais barato”, afirma Borges. Veja os detalhes de cada opção:

Exchanges de criptomoedas

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A forma mais conhecida é por meio das corretoras específicas, também chamadas de exchanges, em um procedimento muito parecido com um câmbio de moedas: o investidor troca o real por unidades de criptos. No mercado brasileiro, há algumas opções de corretoras, sendo Binance, bitPreço e Mercado Bitcoin as maiores em volume de negociações, segundo o monitor CoinTrader.

Depois de escolher uma corretora, basta abrir uma conta digital e fazer uma transferência bancária com a quantia a ser convertida. Os criptoativos ficam disponíveis na carteira do correntista e seguem uma cotação do mercado, que varia por diversas questões, como qualquer outro investimento em renda variável.

Fundos de Investimentos

Outra forma de apostar nas criptomoedas é por meio dos fundos de investimentos criados por gestoras especializadas. Um relatório da Hashdex, uma das principais do ramo, mostrou que já são mais de 410 mil cotistas desses fundos que estão disponíveis em corretoras de investimentos tradicionais.

A própria Hashdex oferece três possibilidades, com exposições diferentes. O Hashdex 20 Crypto é indicado para conservadores, pois investe 20% da cota em criptos e os outros 80% em ativos de renda fixa. O irmão Hashdex 40 equilibra 40% da carteira em criptos e 60% em renda fixa. Já o Hashdex 100 converte todas as cotas em criptomoedas e é indicado para quem quer exposição completa. As taxas de administração variam de 1,5% a 2% ao ano.

ETF

Há também o caminho do Exchange Traded Fund (ETF), que junta vários produtos e é negociado na bolsa de valores como se fosse uma ação. Esse ativo geralmente está indexado a um índice temático nacional ou internacional, seguindo o mesmo desempenho. Cinco opções estão listadas na B3, das gestoras Hashdex e QR Capital.

Com mais de R$ 177 milhões em patrimônio líquido, O QBTC11 é a opção para quem quer se expor ao bitcoin tendo o resguardo do mercado tradicional. Esse ETF segue o índice CME CF Bitcoin da Bolsa de Chicago e cada cota está perto de R$ 13, com uma taxa de administração de 0,75% ao ano.

Já o QETH11 segue o CME CF Ether, também de Chicago, e investe todo o patrimônio de R$ 140 milhões em Ether. Nesse caso, as cotas custam próximo de R$ 11, com taxa de administração também de 0,75% ao ano.


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