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Do Financeone - A pandemia do coronavírus fez com que 51% dos brasileiros tivessem seus ganhos reduzidos. O que, desde já, aumentou a necessidade de conseguir renda extra na crise. Aliado a isso, intensificou o desemprego no Brasil, que chegou a 12,1%. Esse número corresponde a um total de 12,9 milhões de pessoas à procura de um emprego, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Como resultado, a inadimplência cresceu. Conforme a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), cerca de 12 milhões de famílias brasileiras estão endividadas.

Apesar disso, o presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin), Reinaldo Domingos, confirma que é possível conseguir uma renda extra na crise.

Portanto, se a sua família está nessas estatísticas, renda extra pode ajudar. Confira a seguir como dar os primeiros passos.

6 passos para fazer renda extra na crise

1º – Faça um planejamento

Em primeiro lugar, segundo Reinaldo Domingos, é preciso ter um planejamento. Para o especialista é necessário reduzir os gastos para conseguir uma folga no orçamento.

“Na maioria dos orçamentos pessoais e familiares é possível conseguir uma redução de 20% das despesas, apenas se atentando aos hábitos e comportamentos financeiros”, afirma Domingos.

Tendo uma folga no orçamento familiar, além de dar um respiro para o bolso, fica mais fácil investir em alguma atividade para fazer renda extra.

2° – Escolha a atividade de renda extra

Fazer uma faxina, lavar carros, passear com cachorros, participar de plataformas que pagam para responder pesquisas na internet. Todos esses são exemplos de como gerar uma renda extra na crise.

Reinaldo também sugere a venda de produtos inutilizados. Como roupas novas, eletroeletrônicos que funcionam, jogos, sapatos e outros produtos que não são tão importantes para a família naquele momento.

Em outras palavras, essa é hora de repassar isso para frente e ganhar uma renda extra. Existem muitos sites especializados em fazer esse intermédio e todo fôlego no caixa é necessário.

3 – Busque novas tarefas

Para trazer receitas, o especialista diz que é válido considerar levantar uma renda extra com trabalhos pontuais.

Podem ser, principalmente, de entregas (delivery) para quem tem moto ou mesmo carro. Nesse sentido, aplicativos de entregas estão em alta e uma alternativa pode ser se cadastrar e buscar realizar esse tipo de ação.

4 – Venda produtos

Reinaldo Domingos lembra também das pessoas que estão desenvolvendo produtos ou mesmo utilizando o network para realizar vendas.

“Tem muita gente fazendo as famosas máscaras de proteção e ganhando um extra, tem outras que estão revendendo produtos online, lembrando que grandes magazines estão se cadastrando para esse tipo de venda. Outro exemplo para renda extra na crise pode ser a venda de doces e alimentos no condomínio ou na região em que vive”, ressalta.

5º – Encontre novas oportunidades

Estão surgindo vagas de trabalho temporário em supermercados, hospitais, farmácias e outras empresas que continuam com portas abertas. Porém, é preciso cuidado com a proteção nessa hora.

Proteja seus dados e cuidado para não cair em golpes. Mas essas vagas podem, sim, ser uma saída de renda extra no momento de aperto.

6º – Use seus talentos

Quem preferir seguir em sua área de atuação, um caminho é passar a oferecer serviços online, como consultoria, aulas e freelancers, por exemplo.

“Assim, além da renda extra, há uma retomada de conhecimentos e aperfeiçoamento profissional. Quem tem habilidades específicas, como cozinhar ou educação financeira, pode fazer disso, agora, um hobby que gere renda extra na crise”, frisa.

Inadimplência aumenta a necessidade de renda extra na crise

Não é à toa que há tantas pessoas buscando uma forma de fazer renda extra. O número de brasileiros com dívidas voltou a subir.

A última Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) aponta um aumento de 0,6 ponto percentual.

Já a parcela das famílias que declararam não ter condições de pagar suas contas ou dívidas em atraso e que, portanto, permanecerão inadimplentes chegou a 10%.

Em relação aos tipos de dívida, o cartão de crédito continua sendo a principal modalidade de endividamento para os brasileiros, com um total de 85%.

Do mesmo modo, houve aumento no uso do cheque especial. Segundo a economista da CNC, Izis Ferreira, esse aumento nas dívidas de cartão e cheque especial foi gerado pelo fim do auxílio emergencial.

“Ambas são modalidades associadas ao consumo imediato e de curto e médio prazos.”