Do IQ - É esperado que, em meses mais quentes, a conta de luz chegue mais cara para os consumidores. Afinal, o uso em excesso de equipamentos como ventiladores e ar condicionado consomem mais energia do que o normal. Mas há meses em que não entendemos o porquê de a conta chegar tão alta.
- CONTINUE DEPOIS DA PUBLICIDADE -
Um dos motivos podem ser os roubos de energia.
+ Entenda quais são as consequências de ter o “nome sujo”
Seja por meio de ligações clandestinas feitas diretamente no sistema elétrico ou pela alteração no relógio medidor, os conhecidos “gatos” golpeiam as finanças dos consumidores – e das distribuidoras. Em Brasília, por exemplo, as irregularidades causam prejuízo de quase R$100 milhões por ano à Companhia Energética de Brasília (CEB), responsável pela cidade.
- CONTINUE DEPOIS DA PUBLICIDADE -
Além do impacto financeiro, os furtos e fraudes de energia pioram a qualidade do serviço prestado, prejudicando todos os consumidores. As ligações clandestinas sobrecarregam as redes elétricas e deixam o sistema de distribuição mais suscetível a interrupções e oscilações no fornecimento de energia”, conta Vilmar Abreu, gestor de Excelência ao Cliente da EDP.
Quando a energia é roubada, o consumo não é medido corretamente. Para a conta fechar todo mês e o correspondente à quantidade furtada não “sumir”, a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) determina que a distribuidora compense o faturamento. Isso significa que todo o valor que não foi faturado durante o período do furto é cobrado após o caso ser apurado.
+ Conheça os 10 aparelhos que mesmo desligados, consomem mais energia
Quando alguém rouba a eletricidade, você acaba pagando o pato no valor da sua conta de luz.
“O furto de energia contribui para tornar a conta de luz mais cara para todos os consumidores, uma vez que a quantidade de energia perdida por fraude e os custos para identificar e coibir as irregularidades são levados em consideração pela Aneel para estabelecer o valor da tarifa de energia para cada área de concessão”, explica Abreu, da EDP.
Antes de partir para a suspeita de que sua energia está sendo roubada, vale a pena descartar outros motivos que podem encarecer a conta, como:
Se esses motivos não corresponderem à realidade, o próximo passo é verificar o medidor de energia.
- CONTINUE DEPOIS DA PUBLICIDADE -
Para o roubo de energia acontecer, teria que haver uma ramificação da rede do próprio consumidor, ou seja: a partir do medidor de energia da unidade consumidora teria que haver um desvio para outra pessoa”, explica Vânio Moritz, assistente da Diretoria Comercial da Celesc.
Para verificar se o medidor de energia da sua unidade está alterado, Abreu da EDP recomenda que o cliente acione um eletricista de confiança para inspecionar a instalação elétrica interna da sua residência.
Se o eletricista chegar à conclusão de que o problema não é interno, o cliente deve acionar a distribuidora responsável pela sua região para uma análise do medidor de energia e da rede elétrica que o abastece.
Para denunciar um “gato”, o cliente deve ligar no canal de atendimento da sua distribuidora. As empresas mantêm o sigilo de quem denunciou e a inspeção costuma ser realizada com urgência.
Sim, roubar energia é crime. De acordo com o Artigo 155 do Código Penal Brasileiro, “subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel” resulta em multa e pena de reclusão, de 1 a 4 anos.
Os equipamentos de energia, como transformadores e cabos, são patrimônio das distribuidoras. Quando alguém não autorizado pela instituição intervém na rede elétrica, o artigo 155 pode ser aplicado.
Além de ser crime, as ligações clandestinas são um risco à vida de quem o faz. Somente o pessoal autorizado pela distribuidora pode manipular na rede elétrica, com equipamentos de segurança adequado.