Do Financeone - O novo marco cambial, promovido por meio da Lei 14.286/202, possibilitará novidades para facilitar o processo de ter uma conta em dólar no Brasil. Confira as principais vantagens desse acordo.

Em primeiro lugar, é preciso dizer que a realidade da simplificação de abertura da conta em dólar está cada vez mais próxima. O projeto de lei que amplia as possibilidades para esse recurso já foi aprovado no Senado.

Dessa forma, o objetivo é simplificar o mercado de câmbio, de forma que torne mais produtos acessíveis à pessoa física.

Conta em dólar no Brasil

O Banco Central afirma que, em tese, essa lei não traz inovações em relação às contas em dólar. Contudo, alguns especialistas afirmam que o novo marco legal de câmbio pode permitir que essa possibilidade se expanda no país.

Essa interpretação se baseia no fato de que a lei concede ao BC e ao Conselho Monetário Nacional (CMN) a responsabilidade para criação de normas nesse âmbito. Ou seja, fica a cargos dos órgãos competentes promover essa permissão.

Caso isso aconteça, existem algumas vantagens bastante interessantes para os brasileiros. Entre elas:

• A possibilidade de realizar viagens e transações internacionais na moeda escolhida;
• Menor utilização de cartões de créditos no exterior – que geram encargos tributários de altos custos;
• Transação em dólares entre pessoas físicas;
• Mais segurança jurídica para os usuários desse tipo de conta;
• Desburocratização do processo de abertura de conta em dólar;
• Redução de custos e estímulo à concorrência;
• Maior acessibilidade para abertura de conta em dólar;
• Aumento do limite de entrada e saída de dólares em viagens;
• Possibilidade de manter uma reserva financeira em outra moeda.

Vale dizer que, atualmente, é possível ter uma conta em dólar. A diferença que o novo marco legal do câmbio traz é a possibilidade dessas contas serem gerenciadas por operadoras dentro do país, não apenas estrangeiras. Além disso, essas contas não possuem regulação própria no Brasil.

Como abrir uma conta em dólar no Brasil?

Nesse esquema atual, o cliente escolhe o quanto deseja aplicar na conta, a partir de outra em real. Dessa maneira, a conversão de valores é feita de forma automática pelo aplicativo.

Existem alguns bancos digitais e fintechs que oferecem o serviço de conta em dólar. Veja alguns exemplos abaixo:

• Bancos digitais: C6 Bank e BS2;
• Fintechs: Nomad e Wise.

No caso dos bancos, é necessário ter uma conta aberta. Vejamos como o processo ocorre:

C6 Bank

Nesse caso, o cliente deverá ativar a conta global. Para isso, deverá pagar uma taxa de US$ 30 (descontados na conta em real do banco digital). Os clientes Carbon ou com mais de R$20 mil investidos em títulos CDBs não pagam essa taxa.

Vale dizer também que só é possível transferir de contas C6 Bank de mesma titularidade.

B2S

Outrossim, o B2S segue a mesma lógica do C6 Bank. Após abrir uma conta normal, o cliente deve ativar a conta internacional. Com isso feito, resta apenas fazer as transferências para o dólar. Para liberação do cartão, é necessário que você tenha movimentado pelo menos U$30.

O processo de abertura de conta, nas duas opções, é gratuito.

Nomad

A Nomad é uma empresa americana que presta serviços para brasileiros que precisam abrir conta no exterior.

Sendo assim, para abrir uma conta, é necessário fazer o download do app (disponível em Android e iOS) e, durante o cadastro, enviar fotos do documento – e nesse caso será solicitado a foto do seu passaporte.

A fintech não cobra taxa de abertura ou manutenção da conta.

Wise

O caso da Wise é bem parecido com a Nomad. O cliente deve solicitar a abertura de uma conta multimoeda, pelo site ou pelo app (disponível para Android e iOS).

No entanto, para receber um cartão de débito, é necessário ter um endereço de residência na Europa, Estados Unidos, Oceania ou Singapura.