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Do Meio News - Em Miranorte, região central do Tocantins, uma tragédia familiar foi marcada por uma situação humilhante e revoltante. Netos de uma idosa de 87 anos, que morreu no domingo, 5 de janeiro, precisaram sepultar a avó com as próprias mãos e sob forte chuva, após a ausência de um coveiro no cemitério municipal. A família, profundamente abalada, relatou o ocorrido, que gerou indignação nas redes sociais.

Segundo Tharwelcy Noleto, neta da idosa, a cova estava preparada, mas o coveiro não apareceu para realizar o sepultamento.“Estava chovendo muito quando chegamos e a cova estava cheia de água. Fomos nós quem tiramos a água e realizamos todo o sepultamento”, contou a jovem, explicando o caos vivido pela família no momento da despedida. 

O velório começou às 8h30 e o enterro estava agendado para às 17h no Cemitério São João Batista, administrado pela Prefeitura. Após aguardarem por meia hora o coveiro, algumas pessoas foram atrás dele, mas não o encontraram. Para agravar a situação, não havia ferramentas como pás ou cordas disponíveis para auxiliar.

Ana Gabryele Ferreira Costa, de 24 anos, outra neta da idosa, detalhou os problemas que a família enfrentou, incluindo a falta de funcionários e a inadequação do tamanho da cova. Ela contou que, ao tentar confirmar com o coveiro se a cova estava no tamanho adequado, ele havia garantido que estava tudo certo, mas após a forte chuva, ele desapareceu sem dar explicações. “Chegamos lá e não havia nada pronto. Não tinha coveiro, nem o comprimento adequado para o caixão, e tivemos que fazer o enterro sozinhos. Foi uma situação horrível”, relatou Ana, visivelmente emocionada.