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Brasil
Quem é o homem preso investigado por estuprar mulher, gravar ato e enviar para a mãe da vítima

Publicado em 10/04/2024 10:53

Henrique Fortes é investigado por estuprar, gravar o ato e chantagear a vítima — Foto: Redes Sociais/Reprodução


Do G1 - O homem preso e investigado por estuprar, gravar o ato e chantagear a vítima é Edilberto Henrique Fortes. O crime, segundo a Polícia Civil do Distrito Federal, teria acontecido em fevereiro, na região do Núcleo Bandeirante (DF).

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Ele se apresentava nas redes sociais apenas como Henrique Fortes e diz ser natural de Ituiutaba, no Triângulo Mineiro, mas vivia na cidade vizinha de Uberlândia. Ele alegou estar no Distrito Federal a trabalho na época do crime.

Em nota, a defesa dele informou que "os fatos veiculados serão esclarecidos durante a investigação e tramitação processual". Veja abaixo a íntegra.

Segundo publicação em uma rede social, Fortes trabalhava como diretor de comunicação. No ambiente digital, ele fazia posts com discurso de ódio contra as mulheres.

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Suspeito de estupro no DF fazia ataques a mulheres nas redes sociais — Foto: Reprodução

Suspeito de estupro no DF fazia ataques a mulheres nas redes sociais — Foto: Reprodução

Em outra publicação, ele escreve frases desconexas e termina o texto afirmando que gostava de sexo.

"Cara, na moral? EU CURTO SEXO", afirma a publicação — Foto: Reprodução

"Cara, na moral? EU CURTO SEXO", afirma a publicação — Foto: Reprodução 

Na publicação seguinte, ele afirma que mulheres que não "sabem fazer seu papel e merecem sofrer."

Postagem de suspeito de estupro é de 15 de março, pouco mais de um mês depois do crime — Foto: Reprodução

Postagem de suspeito de estupro é de 15 de março, pouco mais de um mês depois do crime — Foto: Reprodução

Ao g1, a Defensoria Pública do Distrito Federal (DPDF) informou que Edilberto Henrique Fortes Coelho passou por audiência de custódia em Uberlândia.

"A Defensoria Pública do Estado de Minas Gerais (DPE-MG) atuou na referida audiência. No entanto, ele ainda não foi denunciado no Distrito Federal. Caso ocorra a denúncia e ele não constitua advogado, a DPDF atuará em sua defesa".

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A reportagem entrou em contato com a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais (Sejusp), que informou que Fortes deu entrada no Presídio Professor Jacy de Assis na quinta-feira (4), onde permanece à disposição da Justiça.

O que diz a defesa

"O escritório Passos & Vasconcelos, diante das notícias divulgadas pela imprensa, em relação ao Sr. Edilberto Henrique vem esclarecer que os fatos veiculados serão esclarecidos durante a investigação e tramitação processual.

Destaca-se que o custodiado preserva ainda seu direito constitucional da presunção de inocência.

Por respeito aos familiares das partes envolvidas, à ética profissional e, sobretudo, em respeito ao princípio do devido processo legal, reservamos assim o direito de resposta quando se fizer necessário."

O crime

De acordo com a Polícia Civil do Distrito Federal, após cometer o estupro em fevereiro, Henrique Fortes ainda teria filmado a violência sexual e enviado as imagens para a mãe da vítima, além de ameaçar divulgar o vídeo para tentar impedir qualquer denúncia.

As investigações revelaram um plano meticuloso arquitetado pelo autor do crime. Se passando por empresário em Brasília a negócios, ele conheceu a vítima em seu local de trabalho.

No dia 13 de fevereiro de 2024, a convidou para jantar e a buscou em sua residência. Na ocasião, estava acompanhado de uma adolescente que se apresentou como sua funcionária.

Alegando a necessidade de deixar a adolescente no hotel, o autor convenceu a vítima a acompanhá-lo. No local, a conduziu para seu quarto, onde a agrediu fisicamente, a despiu à força e consumou o ato sexual mediante violência física. A adolescente, simulando ser funcionária do autor, presenciou todo o crime.

Durante os abusos, o autor registrou o crime em vídeo e passou a assediá-la diariamente, com o intuito de subjugá-la e impedi-la de denunciar o crime. Em 26 de fevereiro de 2024, se aproximou da mãe da vítima e, se apresentando como seu namorado, obteve seu número de celular e enviou o vídeo do estupro.

Ainda de acordo com a Polícia Civil de DF, o suspeito já havia sido preso, em 19 de fevereiro deste ano, por injúria racial contra duas mulheres, mas foi solto dois dias depois, após audiência de custódia.


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