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Rio Grande do Norte
Polícia não indicia ninguém por morte de mulher com trauma na cabeça deixada por namorado em hospital no RN

Publicado em 18/01/2025 08:13

Foto/Reproducao


do g1 RN - A Polícia Civil concluiu o inquérito e não indiciou ninguém pela morte da vendedora Ana Carla Roque, de 35 anos de idade, ocorrido em julho do ano passado. Ana foi deixada pelo namorado e por um amigo dele no Hospital Deoclécio Marques, em Parnamirim, com traumas no corpo e no crânio - os dois saíram da unidade e não voltaram mais.

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De acordo com a equipe médica que atendeu a vendedora no hospital, o namorado de Ana disse que ela teria sofrido os ferimentos ao ter pulado do carro em movimento, versão que a família nunca acreditou. A mulher chegou ao hospital em parada cardiorrespiratória e não foi possível reanimá-la.

 

Ana Carla morreu no hospital por volta das 5h do dia 28 de julho, mas os familiares só souberam da morte dela na tarde daquele dia, após contato das autoridades.

A equipe de saúde do hospital havia informado que o namorado deixou a unidade dizendo que estava saindo para avisar a mãe de Ana sobre o que tinha acontecido, o que não ocorreu.

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"A assistente social disse que recebeu minha menina no hospital e que ela já estava falecida. Eu perguntei o que foi [que tinha acontecido], e ela me disse: 'Foram dois caras deixar ela no hospital dizendo que iam atrás da senhora e voltavam, só que eles saíram de lá e não voltaram mais'", relembrou Maria da Conceição Alves, mãe de Ana Carla. 

Horas antes de morrer, segundo a família de Ana Carla, a vítima estava em uma festa na praia de Pirangi, em Parnamirim. Nas redes sociais, ela gravou momentos na festa. Segundo a família, ela havia começado o namoro há cerca de um mês.

Ana Carla Roque tinha 35 anos de idade — Foto: Cedida

Ana Carla Roque tinha 35 anos de idade — Foto: Cedida

Investigação

A investigação ficou por conta da Delegacia de Nísia Floresta. Segundo disse o delegado Bruno Leonardo, que investigou o caso, àInter TV Cabugi, os depoimentos e perícias feitos apontaram que a queda do carro representou um cenário possível para a morte da vendedora.

"Entre as lesões encontradas, foram escoriações no joelho, rosto da vítima, pernas e região escapular, que são condizentes aparentemente com o que foi descrito sobre o acidente: de que a vítima teria, de fato, caído do veículo e que a sua causa morte teria sido o traumatismo cranioencefálico com hemorragia", disse.

A investigação apontou ainda que não houve sinais de agressão dentro do veículo.

"Tivemos intimações e oitivas de diversas testemunhas, inclusive da pessoa que estava acompanhando a vítima e o investigado do carro. Também solicitamos perícia no veículo investigado, onde foi encontrado mancha de sangue", pontuou.

 

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"No entanto, essas perícias, após ser questionado ao Itep, os peritos criminais informaram que não havia sinais de espargimento [espalhamento], ou seja que não haviam indicativos de que houve agressões dentro do veículo investigado e que está envolvido no suposto acidente".

 

Com a conclusão, o inquérito será enviado para o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte.


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