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Brasil
Pai que matou filha foi enforcado por tentar estuprar presa trans na cadeia
Wellington da Silva Rosas teria supostamente tentado estuprar uma mulher trans e foi enforcado pelo namorado dela no CDP 2

Publicado em 04/04/2024 22:04

Foto/Reprodução


Do Metropoles - Wellington da Silva Rosas morreu após ser enforcado, com uma corda improvisada, por um preso no Centro de Detenção Provisória 2 (CDP2), de Pinheiros, zona oeste de São Paulo, porque teria tentado supostamente estuprar uma mulher trans, namorada de seu assassino confesso. O caso ocorreu na terça-feira (2/4).

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Ele estava preso na unidade por causa do homicídio de sua própria filha, a jovem Rayssa Santos da Silva Rosas, de 18 anos, cujo corpo foi encontrado carbonizado, em uma vala da Avenida 23 de Maio, uma das mais movimentadas do centro paulistano, no último dia 25.

Em depoimento à Polícia Civil, obtido pelo Metrópoles, a cabeleireira Safira Salles de Oliveira, 26 anos, que se identifica com o gênero feminino, afirmou que foi assediada e alvo de uma suposta tentativa de estupro, atribuída a Wellington, na noite de terça-feira.

Ela e outros sete presos, entre eles Wellington, foram encaminhados para a enfermaria do CDP 2, após serem retirados de duas celas do “seguro”  carceragem onde detentos são resguardados  para a pintura dos cárceres, solicitada pela Corregedoria da Polícia Penal.

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Dos oito presidiários, somente Douglas Ricardo de Oliveira, de 38, foi isolado em uma carceragem dentro da própria enfermaria. Ele e Safira namoram há cerca de três meses.

Assédio no banho

Ainda em seu depoimento, Safira afirmou que sofreu assédio por parte de Wellington quando tomava banho, na tarde de terça. Pontuou ainda que ele teria afirmado que ela tinha “uma bunda gostosa” e que queria pegá-la “de quatro”. A cabeleireira então alertou seu namorado.

De noite, Wellington teria supostamente tentado estuprar Safira, que estava deitada ao lado da grade da carceragem onde seu namorado estava isolado dos outros detentos.

Corda feita com calça

Douglas afirmou em depoimento, também obtido pelo Metrópoles, que já havia feito uma “tia” (corda improvisada) com um pedaço de calça, ainda de tarde  quando sua namorada o alertou sobre o suposto assédio sofrido no banho.

Quando Wellington supostamente tentou estuprar Safira, Douglas afirmou que conseguiu pegá-lo, colocando os braços para fora das grades, e o enforcou com a corda improvisada. Safira então começou a gritar, pedindo socorro.

Alertados pelos pedidos de ajuda da cabeleireira, agentes penitenciários foram até a enfermaria, onde encontraram Wellington inconsciente, mas, segundo eles, ainda vivo. Ele morreu entre o trajeto do CDP 2 para o Pronto Socorro da Lapa, na zona oeste.

Douglas confessou o crime, pelo qual foi indiciado em flagrante. Ele já estava preso por tráfico de drogas, segundo o apurado pela reportagem.

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