Foto/Reproducao
Do Metropoles - Uma mulher é acusada de dopar o ex-marido com remédios controlados por pelo menos dois anos para roubar sua fortuna, avaliada em R$ 50 milhões, em São José dos Campos, no interior de São Paulo.
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Elimara de Carvalho, de 55 anos, é vista na cidade como uma empresária bem sucedida, que frequenta academia e posta sobre a vida nas redes sociais.
No entanto, ela é acusada de ter se apropriado da fortuna de Benedito Amaral e, além disso, de ter premeditado a morte do empresário, em setembro do ano passado. Os dois eram primos de primeiro grau e tiveram um relacionamento por 27 anos.
O relacionamento
Benedito nasceu em Cruzeiro, no interior de São Paulo, e se mudou para São José dos Campos quando adulto. Nos anos 1980, ele passou uma temporada no Iraque para trabalhar ensinando os militares a operar tanques de guerra comprados do Brasil.
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O empresário voltou ao Brasil com uma boa quantia em dinheiro. Segundo o filho, Fabrício Coutinho Camargo, quando trabalhava no Iraque, Benedito ganhava de 15 a 20 mil reais mensais, além de um acréscimo de 350% por risco de vida.
Quando retornou ao país, Benedito abriu uma loja de compra e venda de carros. Ele também investia em imóveis, terrenos, prédios e fazendas. Com isso, se tornou milionário.
Benedito ainda era casado com a mãe de Fabrício quando começou a ter um caso com a prima, Elimara. Após se divorciar da primeira esposa, em 1991, o empresário oficializou o relacionamento com a amante. O casamento estabelecia comunhão universal de bens.
Desvio de fortuna e adoecimento
A união entre Benedito e Elimara chegou ao fim em 2017. Fabrício, filho de Benedito, contou ao Metrópoles que o pai já desconfiava que a companheira pudesse estar interessada em sua fortuna.
Apesar disso, os dois continuaram a se relacionar, mesmo após o divórcio. A divisão dos bens não foi feita no momento da separação, o que Fabrício considera como estratégia de Elimara.
Conforme foi apurado pela reportagem, os casais que optam pela comunhão universal de bens têm até 10 anos após o divórcio para fazer a partilha.
Elimara, então, se reaproximou do ex-marido. Desde então, ela passou a transferir o patrimônio de Benedito para o próprio nome.
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Fabrício conta que dois anos atrás recebeu uma ligação do pai, que não chegou a ser completada. Após dois dias sem contato, a preocupação aumentou e ele foi até a residência do pai, que foi encontrado deitado numa cama, utilizando fralda e delirando.
O estado de Benedito teria sido causado pela ingestão prolongada de medicamentos psicotrópicos.
A família conta que, a essa altura, Elimara já tinha transferido todo o patrimônio do ex-companheiro para seu próprio nome, deixando Benedito apenas com o dinheiro da aposentadoria – um salário mínimo mensal.
Em 2023, o empresário já estava com a saúde bastante debilitada por conta dos medicamentos. Com o sistema imunológico enfraquecido, ele contraiu uma meningite bacteriana e não resistiu, e morreu em 5 de setembro do ano passado.