Foto/Ilustrativa
Do g1 e Blog do Dina - Após a trágica morte de sua filha, Liliane Ribeiro denunciou a maternidade Albert Sabin, em Salvador, por violência obstétrica. Ela relata que sofreu diversos abusos e negligência durante o parto, que culminaram no falecimento da recém-nascida.
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Segundo Liliane, a equipe médica teria insistido em um parto normal, mesmo diante da recomendação de cesárea dada por sua médica particular. Ela afirma que a médica responsável pelo parto deixou a sala antes de concluir o procedimento, deixando sua filha “à mercê” da situação.
Liliane descreveu que, ao chegar à maternidade, esperou cerca de 40 minutos pelo atendimento, mesmo estando com a bolsa rompida e com o líquido amniótico escorrendo. Na sala de parto, Liliane conta que foi destratada pelos funcionários, recebendo comentários agressivos e desumanos.
No momento crítico, a médica responsável teria deixado a sala, enquanto a bebê nascia com o pescoço machucado. Após tentativas de reanimação, foi constatado o óbito, embora Liliane questione o diagnóstico de “nascimento morto”, afirmando que sentiu a filha se mexer momentos ante.
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Investigação e posicionamento das autoridades
A Polícia Civil da Bahia abriu uma investigaçãopara apurar as circunstâncias do caso e aguarda o resultado dos laudos periciais, que devem ser concluídos em até 30 dias. Em resposta à denúncia, a Secretaria da Saúde da Bahia (Sesab) emitiu uma nota, expressando consternação e afirmando que as medidas necessárias foram tomadas para prestar apoio à família. A Sesab também informou que será conduzida uma sindicância para esclarecer as causas do óbito e assegurar que condutas antiéticas não ocorram em suas unidades.
O Dina Explica
Casos de violência obstétrica, como o relatado por Liliane Ribeiro, reforçam a necessidade de discussões e medidas rigorosas sobre práticas médicas humanizadas e protocolos de atendimento. A gravidade dos relatos e a suspeita de negligência devem trazer à tona a importância de maior fiscalização e de um atendimento respeitoso, especialmente em unidades de saúde pública. Para as gestantes, é essencial que os direitos e as orientações médicas sejam respeitados, e que denúncias desse tipo não sejam ignoradas.