Foto/Reproducao
Do Meio News - Um estudante de 12 anos morreu após desenvolver uma infecção grave causada por piolhos hematófagos em Sabinas, cidade localizada no estado de Coahuila, no México. O menino, identificado como Amador Flores Vargas, foi levado em estado crítico ao hospital, apresentando febre persistente, desidratação severa e sinais de falência múltipla de órgãos.
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De acordo com os médicos do Hospital Materno Infantil de Coahuila, onde ele recebeu atendimento, o quadro clínico já estava bastante avançado no momento da internação. O diretor da unidade, Francisco Iribarren, explicou que Amador chegou ao hospital com insuficiência hepática, queda acentuada na produção de plaquetas e septicemia — resultado de uma infecção bacteriana conhecida como riquétsiose, transmitida por piolhos.
A riquétsiose é provocada por bactérias do gênero Rickettsia e pode ser transmitida ao ser humano por pulgas, carrapatos, ácaros e piolhos. Em casos graves e não tratados, a infecção pode evoluir para septicemia, falência de órgãos e morte.
Entre os sintomas mais comuns estão febre alta persistente, dores musculares, náuseas, vômitos, inchaço nos gânglios linfáticos, erupções cutâneas e mal-estar geral — sintomas que muitas vezes se confundem com infecções virais comuns.
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No caso de Amador, os médicos suspeitam que a infecção já estivesse em curso havia pelo menos oito dias antes da hospitalização. Mesmo com a administração emergencial de antibióticos, o quadro evoluiu rapidamente para choque séptico, resultando na morte do menino em 2 de junho.
Após a confirmação do óbito, autoridades de saúde implantaram um cordão sanitário no bairro onde a família do menino vive, para conter possíveis focos de contaminação. Equipes de saúde pública realizaram inspeções e desinfestações em residências vizinhas.
O epidemiologista Alfredo De León Camacho alertou a população sobre a importância de buscar atendimento médico imediato diante de sintomas como febre alta, manchas vermelhas na pele, fadiga extrema ou histórico recente de contato com parasitas. “O diagnóstico precoce é essencial para aumentar as chances de recuperação”, ressaltou.
Embora seja um caso raro, a morte de Amador reforça a necessidade de atenção contínua à higiene das crianças, especialmente em locais com maior risco de infestação por parasitas.
Especialistas recomendam manter o couro cabeludo limpo, evitar o compartilhamento de pentes, bonés e escovas, além de realizar inspeções regulares. Ao identificar sinais de infestação, é fundamental procurar assistência médica, principalmente em regiões onde a riquétsiose já foi registrada.
O falecimento do menino causou grande comoção na comunidade local e acendeu um alerta sobre os perigos de infecções negligenciadas, sobretudo quando envolvem parasitas comuns na infância. O caso também está sendo investigado por autoridades de saúde pública do México.
Apesar de rara, a riquétsiose pode surgir em diferentes regiões, inclusive como consequência de viagens a locais onde a bactéria está presente. A transmissão ocorre por meio de pulgas, ácaros e piolhos infectados, que costumam viver em animais como cães, gatos, ratos e esquilos — e podem contaminar roupas, cabelos e pele humanas.
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