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Brasil
Menina morta em casa de padrasto presenciava encontros sexuais da mãe
Isabela Dourado de Oliveira morreu na casa do padrasto, em Brasília. Antes de chegar ao DF, a menina teria passado por negligência no RS

Publicado em 23/03/2024 07:45

Foto/Reprodução


Do Metropoles - Quase dois meses após a morte da menina Isabela Dourado de Oliveira (foto em destaque), o caso ganha novos desdobramentos. Antes de se mudar para Brasília com mãe, a menina teria passado por situações de maus-tratos nas cidades em que morou no Rio Grande do Sul.

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Documentos da Justiça gaúcha mostram denúncias contra a mãe de Isabela, que a acusam de atrasar a aplicação de vacinas e levar a menina para encontros sexuais.

Isabela morreu em 5 de fevereiro deste ano, seis meses após chegar no DF. Ela sofreu uma parada cardíaca ao supostamente sofrer a violência sexual e acabou não resistindo. O padrasto, homem com quem a mãe e a criança moravam em Brasília, Igor Fernandes Pereira Ayres, está preso desde o dia do ocorrido.

Porém, o caso de Isabela junto à Justiça começa meses antes. Em junho de 2023, o Conselho Tutelar de Soledade (RS) encaminhou um relatório ao Ministério Público do Estado (MPRS) reportando a “possível situação de risco e vulnerabilidade” envolvendo Isabela.

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De acordo com o processo, a menina estaria sendo “negligenciada pela mãe, sendo o pai conivente com a situação”.

“O núcleo familiar vinha sendo acompanhado e orientado pelo órgão, que advertiu a genitora de outras oportunidades quanto aos cuidados básicos com a saúde e higiene do infante e à organização de sua moradia. A genitora, contudo, negou-se a seguir as orientações e continuava negligente nos cuidados com a descendente, situação que pôde ser comprovada através de vista domiciliar, quando observou-se que a residência se encontrava completamente suja e insalubre”.

Em outro comunicado encaminhado à Justiça, o Conselho Tutelar afirmou que Isabela estava com vacinas atrasadas. O órgão também frisa que recebeu denúncias de que a mãe levava a criança para saídas com “uso de álcool” e para “encontros amorosos, levando a criança com ela para casa de terceiros, presenciando suas relações com essas pessoas de índole duvidosa”.

“Orientamos diversas vezes a família referente a negligência com a criança, no entanto a genitora não aceita as orientações e não muda seu jeito. Sem contar que temos várias denúncias de que a genitora vai para conveniências durante a noite fazendo uso de álcool levando a criança junto. Também recebemos denúncias de que a genitora vai para encontros amorosos levando a criança com ela para casa de terceiros, presenciando suas relações com essas pessoas de índole duvidosa”.

Diante desse cenário, o Conselho Tutelar retirou Isabela do convívio com os pais e a entregou para a avó paterna.


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