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Nordeste
Cidades proíbem venda de armas de gel após 'guerras' deixarem dezenas de feridos nos olhos; ao menos 68 pessoas foram a hospital

Publicado em 15/12/2024 15:19

Foto: Reprodução/TV Globo


Do g1 - Após se tornar uma "febre" nas periferias, a venda de armas de gel foi proibida nas cidades de Olinda e Paulista, no Grande Recife. A medida visa restringir o uso desses brinquedos, já que as balas disparadas por eles podem atingir os olhos e causar graves ferimentos, prejudicando a visão (saiba mais abaixo).

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Ao menos 68 pessoas ficaram feridas entre o dia 30 de novembro e a quarta-feira (11), segundo a Fundação Altino Ventura (FAV), hospital de referência no atendimento oftalmológico no estado. No início desta semana, até a segunda (9), eram 50 casos.

As armas têm como munição bolinhas que, quando são vendidas, são pequenas e rígidas, pois estão desidratadas. Quando são colocadas na água, elas expandem dezenas de vezes. Isso ocorre porque são feitas de poliacrilato de sódio, material utilizado, por exemplo, em fraldas descartáveis para bebês.

As bolinhas também são utilizadas na jardinagem, como decoração de vasos, por exemplo. Mas, nas armas, viram munição.

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Paulista foi a primeira cidade a tomar a medida após o prefeito Yves Ribeiro (PT) sancionar a lei 5.367/2024, aprovada pela Câmara de Vereadores, na terça (10). O texto proíbe a fabricação, comercialização e distribuição desse tipo de arma no município. 

Os estabelecimentos que descumprirem a norma estão sujeitos a advertência, multa, suspensão de atividades por 30 dias e até cassação de licença de funcionamento. A lei prevê, ainda, que a prefeitura realize "ampla campanha educativa" para conscientizar as pessoas sobre os riscos da prática.

 
 

Na quarta (11), o prefeito de Olinda, Professor Lupércio (PSD), assinou o decreto municipal 176/2024, proibindo o uso das armas de gel na cidade. A medida também determina diversas sanções, como advertências, suspensão de alvarás de funcionamento e multas, para as lojas que disponibilizarem os artefatos.

Segundo a prefeitura de Olinda, o decreto tem como base a lei estadual 12.098, de 2001, que proíbe, em todo o estado, a fabricação, venda e comercialização de brinquedos que se assemelham a armas de verdade.


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