Foto/ TV Cidade Verde
Maria dos Aflitos, mãe e avó das vítimas que morreram após comerem um arroz envenenado durante almoço no dia 1º de janeiro, em Parnaíba, no litoral do Piauí, foi presa nesta sexta-feira (31) por suspeita de envolvimento no crime. Ela é esposa de Francisco de Assis Pereira da Costa, de 53 anos, preso no último dia 8 como o principal suspeito dos assassinatos.
- CONTINUE DEPOIS DA PUBLICIDADE -
Dois filhos e três netos de Maria dos Aflitos morreram após consumirem um baião de dois contaminado. As vítimas fatais são:
A ex-nora de Maria dos Aflitos, Maria Jocilene da Silva, comeu o arroz envenenado com terbufós, foi hospitalizada e recebeu alta um dia depois. Após 20 dias, no entanto, ela morreu. A TV Cidade Verde, afiliada do SBT no Piauí, apurou que a mulher passou mal após tomar café da manhã na casa ex-sogra.
Outros familiares foram levados à delegacia para prestar esclarecimentos. A Polícia Civil afirmou, em nota, que detalhes do caso só serão divulgados após a conclusão do inquérito.
- CONTINUE DEPOIS DA PUBLICIDADE -
Foto: Reprodução
Nove pessoas da mesma família foram internadas após comerem o baião de dois envenenado, no dia 1º de janeiro. Segundo a Polícia Civil, o baião de dois consumido havia sido contaminado com pesticida. O laudo do Departamento de Polícia Científica do Piauí confirmou a presença de terbufós na comida e no estômago das vítimas.
Seis dos intoxicados morreram. Outros três receberam alta – incluindo Francisco Pereira. Ele chegou a ser internado alegando ter ingerido a comida envenenada junto com as outras oito pessoas, mas foi liberado no mesmo dia. A polícia suspeita que ele tenha mentido. Maria dos Aflitos não comeu o baião de dois.
De acordo com os investigadores, o padrasto tinha uma relação tumultuada com Francisca Maria e com os outros moradores da casa onde o crime aconteceu. O homem, segundo o delegado Abimael Silva, tinha “nojo” e “raiva” da enteada e acreditava que ela era uma “criatura de mente vazia”.
A tragédia envolvendo o mesmo núcleo familiar começou ainda em 2024, quando Francisca Maria perdeu outros dois filhos envenenados. Ulisses, de 8 anos, e João Miguel, de 7, comeram cajus com chumbinho, dados supostamente por uma vizinha. Lucélia Maria da Conceição, de 53 anos, foi presa como principal suspeita, apesar de alegar inocência
No entanto, as novas mortes na família, no início deste ano, levaram à reabertura do caso. O laudo da Polícia Científica do Piauí, realizado só cinco meses depois, mostrou que os cajus não estavam contaminados, e o padrasto da mãe das crianças passou a ser investigado como responsável pelas mortes. Ele é o principal suspeito dos dois crimes
A vizinha, que ficou presa injustamente desde agosto, foi solta no último dia 13.
- CONTINUE DEPOIS DA PUBLICIDADE -
SBT News